A dieta de baixa carga glicêmica, baseada em alimentos que aumentam rapidamente os níveis de açúcar no sangue, como carboidratos processados, batatas e pão branco - é frequentemente recomendada a pacientes que sofrem de diabetes tipo 2 como forma de ajudá-los a controlar a taxa de glicose no sangue. Um novo estudo da Universidade de Toronto, no Canadá, mostrou que aumentar o consumo de legumes pode promover um benefício ainda maior em relação ao controle do açúcar no sangue e também na redução do risco de doença coronariana.
Essas conclusões, publicadas nesta terça-feira na revista Archieves of Internal Medicine, basearam-se nos dados de 121 pacientes com diabetes tipo 2. Parte deles seguiu uma alimentação com baixa carga glicêmica e com um alto consumo de legumes — os participantes foram orientados a ingerir ao menos 190 gramas, ou uma xícara de chá, desses alimentos ao dia. O restante dos pacientes também seguiu uma dieta com baixa carga glicêmica, mas eles foram incentivados a aumentar a ingestão diária de fibras por meio de ingredientes integrais.
Durante três meses, a equipe de pesquisadores observou que, em comparação com o grupo dos alimentos ricos em fibra, os pacientes que ingeriram mais legumes apresentaram um melhor controle da glicose no sangue e uma maior redução da pressão arterial, embora todos os participantes tenham demonstrado uma melhora nesses quadros.
“Em conclusão, a dieta com baixa carga glicêmica aliada a um maior consumo de legumes é melhor para reduzir fatores de risco que podem levar a uma doença coronariana”, escreveram os autores no artigo. Para os pesquisadores, esses resultados podem incentivar autoridades de saúde a promover campanhas que mostrem os benefícios do consumo de legumes.
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