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hgvTerá início, no próximo dia 27 de setembro, no Piauí, a campanha estadual de Doação de Órgãos e Tecidos. A solenidade de abertura acontecerá às 10:00h, no auditório do Hospital Getúlio Vargas (HGV). Antes, às 8:00h, será realizada uma missa em Ação de Graças na capela do HGV.

 

Segundo Lourdes Véras, da Gerência Estadual de Transplantes, o objetivo da campanha é conscientizar a população da necessidade de doar órgãos e, desta forma, salvar vidas. “Estamos visitando, a partir de hoje, vários hospitais e unidades de saúde na divulgação de nossa campanha, no dia 27, dia Nacional do Doador de Órgão, acontece o lançamento oficial da campanha estadual”, conta.

 

De janeiro de 2001 a agosto de 2012, foram realizados no Estado 1.407 transplantes, incluindo córnea (924), coração (17), rim de doadores vivos (291) e rim de doadores falecidos (175).

 

A campanha nacional, que será lançada na mesma data, leva o tema Seja um doador de órgãos, seja um doador de vidas. Para ser doador, não é necessário deixar documento por escrito. Cabe aos familiares autorizar a retirada, após a constatação da morte encefálica. Neste quadro, não há mais funções vitais e a parada cardíaca é inevitável.

 

Embora ainda haja batimentos cardíacos, a pessoa com morte cerebral não pode respirar sem ajuda de aparelhos. O processo de retirada dos órgãos pode ser acompanhado por um médico de confiança da família. É fundamental que os órgãos sejam aproveitados enquanto há circulação sanguínea para irrigá-los. Mas se o coração parar, somente as córneas poderão ser aproveitadas.

 

A doação é regida pela Lei nº 9.434/97. É ela quem define, por exemplo, que a retirada de órgãos e tecidos de pessoas mortas só pode ser realizada se precedida de diagnóstico de morte cerebral constatada por dois médicos e sob autorização de cônjuge ou parente.

 

Para ser doador é preciso:

• Ter identificação e registro hospitalar;

• Ter a causa do coma estabelecida e conhecida;

• Não apresentar hipotermia (temperatura do corpo inferior a 35ºC), hipotensão arterial ou estar sob efeitos de drogas depressoras do Sistema Nervoso Central;

• Passar por dois exames neurológicos, que avaliem o estado do tronco cerebral. Esses exames devem ser realizados por dois médicos não participantes das equipes de captação e de transplante;

• Submeter o paciente a exame complementar que demonstre morte encefálica, caracterizada pela ausência de fluxo sanguíneo em quantidade necessária no cérebro, além de inatividade elétrica e metabólica cerebral;

• Estar comprovada a morte encefálica. Situação bem diferente do coma, quando as células do cérebro estão vivas, respirando e se alimentando, mesmo que com dificuldade ou um pouco debilitadas.

 

Observação: Após diagnosticada a morte encefálica, o médico do paciente, da Unidade de Terapia Intensiva ou da equipe de captação de órgãos deve informar de forma clara e objetiva que a pessoa está morta e que, nesta situação, os órgãos podem ser doados para transplante.

 

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