Provavelmente você já ouviu dizer que o infarto em jovens mata mais do que em adultos. No entanto, especialistas garantem que isso é mito. A verdade, segundo o cardiologista Dr. Marcelo Sampaio, chefe do Ambulatório de Farmacogenômica do Instituto Dante Pazzanese, em São Paulo, é que nesta população o infarto deixa mais sequelas.
— No aspecto físico, o jovem pode ter dificuldade para respirar, dor no peito e sentir mais cansaço, impedindo-o muitas vezes de realizar suas atividades rotineiras. Por conta disso, ele vai precisar de medicação para o resto da vida, além de enfrentar algumas restrições, como prática de esporte. Dessa forma, eles têm mais chances de desenvolver depressão e pânico.
Em termos de mortalidade, o cardiologista Dr. Rui Fernando Ramos, diretor da Socesp (Sociedade Brasileira de Cardiologia do Estado de São Paulo), assegura que a probabilidade aumenta com o avanço da idade.
— O jovem suporta mais o dano, mas o que garante a sobrevivência e o menor risco de sequelas é o tempo de atendimento. Se o paciente for tratado até 1h30 depois do infarto, ele terá uma vida normal. Agora se ultrapassar este tempo, provavelmente não vai se recuperar totalmente.
Sintomas e tratamento
O cardiologista do Dante Pazzanese avisa que, em geral, os sintomas do infarto são: dor no peito, sudorese, mal-estar, tontura e falta de ar. Ele lembra ainda que fumantes, hipertensos, diabéticos e pessoal com colesterol elevado correm mais risco de sofrer infarto, por isso precisam redobrar a atenção aos primeiros sinais.
Se o infarto for diagnosticado em tempo, o médico explica que há duas possibilidades de tratamento.
— O paciente é submetido a uma angioplastia para desobstrução da artéria e implantação de stent ou com medicações que visam dissolver o coágulo que obstruiu a artéria.
Segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde), as doenças cardiovasculares são a principal causa de morte no mundo, sendo que o infarto lidera este ranking.
R7