A IV Coordenação Regional de Saúde vem trabalhando em parceria com os municípios buscando a cada dia a melhoria da qualidade da saúde pública. Pensando assim a IV vem realizando pesquisa de monitoramento por exame laboratorial na identificação dos sorotipos circulantes da dengue no Estado. A ação faz parte da estratégia de monitoramento da doença e também vai permitir saber se o vírus 4 da dengue circula no Piauí.
De acordo com o coordenador da IV Regional de Saúde, Vinícius Oliveira, todo material colhido é embalado em nitrogênio encaminhado para o laboratório LACEN e mandado para análise no Instituto Evandro Chagas em Belém “Nós estamos preparados para essa ação que consiste em promover e desenvolver a técnica do isolamento viral e identificação da tipificação do vírus da Dengue (DENV1, DENV2, DENV3 e DENV4)”, declara.
O coordenador disse ainda, que a ação inaugura uma nova fase que dará mais agilidade nos trabalhos de monitoramento ao mesmo tempo em que norteará as ações a serem desenvolvidas com respostas rápidas, eficazes que contribuam para o controle da doença “Temos com os 31 municípios jurisdicionados uma relação muito próxima com a Vigilância Ambiental da Secretaria de Saúde do Estado e Laboratório Central do Piauí, podendo assim ampliar as atividades, melhorando a cada dia a qualidade da saúde pública, dessa forma tem se buscado otimizar as ações de Vigilância Epidemiológica no Piauí” , afirma Vinícius.
O técnico em Entomologia da IV Regional de Saúde, Francisco Carneiro, esclarece que “Todas as vezes que há "troca" do vírus predominante, ou um novo vírus, há risco de epidemias porque parte da população não está imune a ele. Além disso, casos graves podem aumentar porque estão relacionados a sucessivas infecções por diferentes vírus da doença.
Carneiro explica ainda que a hemorragia por dengue não depende apenas da virulência do sorotipo, mas também da reação do organismo “Quem já teve dengue corre mais riscos: Provavelmente milhares de pessoas tiveram contato com os sorotipos 1, 2 ou 3 sem sintomas importantes ou nem sabe que adoeceram. Se por ventura essas mesmas pessoas forem infectadas pelo 4, a chance de a doença ser mais grave é grande”, declara.
Medidas de prevenção
A Secretaria de Estado de Saúde continua a recomendar medidas de prevenção simples, que devem ser tomadas pela população do Estado, que são: não deixar lixo acumulado, água parada, quintal sujo, objetos como copo, garrafas, baldes, pneus são possíveis criadouros. Eliminado os criadouros o mosquito não nasce.
Manter as caixas d’água, tonéis e barris ou outros recipientes que armazenam água, totalmente tampados e limpos lavando-os com escova e sabão semanalmente. Deve se remover tudo o que possa impedir a água de correr pelas calhas e não deixar que a água da chuva fique acumulada sobre as lajes.
No caso dos vasos de plantas, encher de areia, até a borda, os pratinhos dos vasos. Se não tiver colocado areia ele deve ser lavado com escova, água e sabão, pelo menos uma vez por semana. Deve se jogar no lixo todo objeto que possa acumular água, como potes, latas e garrafas vazias. Colocar o lixo em sacos plásticos, fechar bem esses sacos e deixá-los foram do alcance de animais. Manter as lixeiras bem fechadas.
Outro fator importante é o cuidado com os locais que aglomeram grande número de pessoas (creches, igrejas, escolas, supermercados, estabelecimentos assistenciais de saúde, entre outros). Estes locais devem estar livres da presença do mosquito, pois tem se mostrado os principais responsáveis pela disseminação da doença nos municípios do Estado.
Ao apresentar os sintomas da dengue (febre, dor de cabeça, dores nas juntas, dor nos olhos, dor abdominal) a pessoa deve procurar as unidades básicas de saúde (PSF, Posto de Saúde, Centros de Saúde, “Postinho de saúde”). O profissional de saúde avaliará cada caso e de acordo com o diagnóstico realizará o tratamento ou encaminhará para uma unidade de referência.
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