Os CAPS têm por objetivo oferecer atendimento a pessoas com sofrimento ou transtorno mental, realizar o acompanhamento clínico e a reinserção social dos usuários pelo acesso ao trabalho, lazer, exercício dos direitos civis e fortalecimento dos laços familiares e comunitários. O indicador divulgado pelo Ministério da Saúde pretende refletir o estado e as modificações da rede extra-hospitalar de saúde mental ao longo do tempo.
“É um dado extremamente positivo. Para o Ministério da Saúde a cobertura é considerada muito boa para índices acima de 0,70, nós conseguimos 0,91. Isso é só o começo, já que trabalhamos para melhorar números, mas principalmente a qualidade dos serviços, o nosso maior foco. Precisamos ressaltar também a parceria com a Câmara de Enfrentamento ao Crack e outra drogas, que vem obtendo também bons resultados. Estamos trabalhando junto com os municípios para intervir de forma eficaz no atendimento a pessoas com transtornos mentais e dependentes químicos”, afirmou a secretária de estado da Saúde, Lilian Martins.
“Este crescimento se dá pelo compromisso dos gestores municipais em consonância com a SESAPI, através da Gerência de Saúde Mental. É um avanço que nos motiva mais ainda a trabalhar pela nossa Rede de Atenção Psicossocial”, afirma a gerente de Saúde Mental da Sesapi, Leda Trindade.
Atualmente o Piauí possui 45 CAPS, sendo dois deles do tipo AD3, que tratam usuários com necessidades decorrentes do uso de álcool, crack e outras drogas. Esse modelo é destinado a municípios com mais de 200 mil habitantes. No Brasil existem apenas 6 CAPS AD3, sendo que dois deles estão no Piauí, nas cidades de Floriano e Parnaíba. Outros dois estão localizados em São Paulo. O restante encontra-se nos estados do Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul. “A próxima cidade do Piauí a receber um CAPS AD3 é Teresina”, adianta Leda Trindade.
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O ano de 2011 foi marcado por importantes alterações na Política de Saúde Mental do Brasil. Um deles diz respeito à instituição, através da portaria 3088, de 23 de dezembro de 2011, da Rede de Atenção Psicossocial para pessoas em sofrimento decorrente de transtorno mental, consumo de crack, álcool e outras drogas.
O status de Rede prioritária proporcionou possibilidade de maior investimento financeiro - o que representará para 2012 a injeção de R$ 200 milhões a mais para o custeio da rede existente – e a criação de novas modalidades de serviços.
Sesapi