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homemlendoHomens têm maior risco que mulheres de apresentar comprometimento cognitivo leve (CCL) – estágio de perda de memória situado entre o envelhecimento normal e a demência –, segundo um estudo publicado nesta quarta-feira, 25, na edição online da revista médica “Neurology”, da Academia Americana de Neurologia.


Os cientistas analisaram um grupo de 1.450 pessoas do condado de Olmsted, em Minnesota, com idade entre 70 e 89 anos e livres de demência no início do trabalho.


Os participantes foram submetidos a testes de memória a cada 15 meses, por cerca de três anos, e entrevistados por médicos sobre sua memória. Até o final da pesquisa, 296 pessoas adquiriram CCL.


"Os resultados são surpreendentes, pois as mulheres geralmente têm taxas maiores de demência que os homens", disse o autor Rosebud Roberts, da Clínica Mayo em Rochester, e membro da academia.


O estudo constatou que o número de novos casos de demência por ano em homens foi de 72 por mil – em comparação com 57 registros por mil mulheres e 64 por mil na média de ambos os sexos. O comprometimento cognitivo leve com perda de memória foi mais comum (38 casos por mil) que a doença sem prejuízo às lembranças (15 por mil). Indivíduos com menor escolaridade ou solteiros também tiveram maiores taxas.


A pesquisa descobriu ainda que, entre as pessoas que foram recentemente diagnosticadas com CCL, 12% por ano foram classificadas pelo menos uma vez sem o problema ou tiveram a condição regredida a um padrão cognitivo normal. Roberts destacou, porém, que a maioria (88%) dos pacientes com a doença continua com ela ou evolui para demência.


Segundo o autor, o alto risco de comprometimento cognitivo em homens e mulheres idosos é preocupante, dado que as pessoas estão vivendo mais. Dessa forma, o distúrbio pode ter um grande impacto nos custos de saúde se maiores esforços de prevenção não forem feitos para reduzir o risco.

 

 

G1