A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) vota nessa terça-feira, 13, a proibição de sabores nos produtos derivados de tabaco. Se aprovada, a resolução vai barrar o uso de substâncias como menta e cravo, que dão sabor ao cigarro e, segundo especialistas, fazem parte da estratégia da indústria do fumo para atrair jovens. A resolução é o segundo item da pauta da reunião pública da diretoria colegiada da entidade, que começa às 14:30h.
Associações patronais e sindicatos de trabalhadores da cadeia produtiva do tabaco, além de entidades públicas de municípios produtores, divulgaram nos últimos dias na imprensa um manifesto conjunto em repúdio à resolução.
No texto, o grupo alega que não há nenhum estudo que aponte uma relação entre a incidência de fumantes na população e a participação de cigarros com sabor no mercado.
"Também não há quaisquer evidências científicas de que esses tipos de cigarros trazem mais riscos à saúde quando comparados aos demais", afirma, no texto.
De acordo com os representantes da indústria do tabaco, a proibição vai desestruturar a cadeia produtiva do setor, provocará demissões e incentivará o comércio ilegal de cigarros. O grupo pede, além da rejeição da medida, a formação de uma câmara técnica multidisciplinar no Congresso Nacional para discussão de uma nova proposta.
Procurada, a Abifumo (Associação Brasileira da Indústria do Fumo) informou apenas que enviará representantes para acompanhar a votação.
Agência Estado