Para o chefe do Núcleo de Dermatologia do INCA, Dolival Lobão, o ideal para beneficiar a pele é fugir do sol. “Como o lazer neste período está ligado ao sol, o ideal é se proteger com protetor solar”, afirma o médico. Ele explica que é importante aplicar o filtro solar meia hora antes de sair de casa e reaplicá-lo a cada duas horas. “A reaplicação também deve ser feita depois do mergulho ou em caso de suor intenso”, acrescenta.
Dolival também aconselha o uso de roupas confeccionadas com tecidos que possuem proteção solar, produzidos com tecnologia especial. Alguns desses materiais garantem o bloqueio de 98% dos raios ultravioleta UVA e UVB. “É bastante interessante, com esta roupa não há necessidade de usar o filtro no corpo, só no rosto”, opina.
O especialista do INCA também explica que para uma proteção adequada, o indicado é usar fator de proteção solar mínimo de FPS 15. “A comunidade dermatológica sugere que use o fator 30. Porém, o 15 espalha melhor que os de FS maior, pois o creme não é tão espesso, então não corre o risco de deixar algumas partes do corpo sem proteção”, orienta. Também é conveniente evitar a exposição solar das 10h às 16h e usar chapéus, guarda-sol e óculos escuros.
“É importante frisar que não é uma exposição eventual que vai te levar a formação do câncer de pele, isso é cumulativo. Vários verões depois, lá com seus 40, 50 anos de vida, é que indivíduo pode desenvolver a doença”, observa o médico. Ele ressalta que pessoas que tem trabalham em exposição direta ao sol, como salva-vidas, pescadores e ambulantes de praia estão mais suscetíveis e, portanto, devem redobrar o cuidado.
Estimativa de novos casos para 2012
O câncer de pele é mais comum em pessoas com mais de 40 anos, sendo relativamente raro em crianças e negros, com exceção daqueles já portadores de doenças cutâneas anteriores. Pessoas de pele clara, sensível à ação dos raios solares ou com doenças cutâneas prévias são as principais vítimas.
Como a pele - maior órgão do corpo humano - é heterogênea, o câncer de pele não-melanoma pode apresentar tumores de diferentes linhagens. Os mais frequentes são carcinoma basocelular, responsável por 70% dos diagnósticos, e o carcinoma epidermoide, representando 25% dos casos. O carcinoma basocelular, apesar de mais incidente, é também o menos agressivo.
A cirurgia é o tratamento mais indicado tanto nos casos de carcinoma basocelular como de carcinoma epidermoide. Porém, o carcinoma basocelular de pequena extensão pode ser tratado com medicamento tópico (pomada) ou radioterapia. Já contra o carcinoma epidermoide, o tratamento usual combina cirurgia e radioterapia.
Fonte: Ascom/MS