A OMS (Organização Mundial da Saúde) alerta que doenças neurológicas afetam 42% da população mundial, o que representa cerca de 3,4 bilhões de pessoas. As condições são responsáveis por mais de 11 milhões de mortes por ano.
Segundo o Relatório Global de Neurologia, divulgado nesta terça-feira (14), as 10 principais doenças neurológicas que mais causaram mortes e incapacidades em 2021 foram:
derrame encefalopatia neonatal enxaqueca doença de Alzheimer e outras demências neuropatia diabética meningite epilepsia idiopática complicações neurológicas relacionadas ao parto prematuro transtornos do espectro autista e cânceres do sistema nervoso
Por conta deste cenário desafiador para as autoridades de saúde, a OMS pediu, em caráter de urgência, mais atenção dos governantes para estes diagnósticos.
“Muitas dessas doenças neurológicas podem ser prevenidas ou tratadas com eficácia, mas os serviços continuam fora do alcance da maioria – especialmente em áreas rurais e carentes – onde as pessoas frequentemente enfrentam estigma, exclusão social e dificuldades financeiras. Precisamos trabalhar juntos para garantir que os pacientes e suas famílias sejam priorizados e que a saúde cerebral seja devidamente investida.”, afirmou o diretor-geral adjunto da Divisão de Promoção da Saúde, Prevenção e Controle de Doenças da OMS, Jeremy Farrar. Falta de políticas de saúde contra estas doenças De acordo com o relatório, apenas 32% dos Estados-Membros da OMS têm política voltada para distúrbios neurológicos, e apenas 18% relatam ter financiamento específico para abordá-los.
Além disso, o estudo revela uma escassez de profissionais de saúde qualificados, com países de baixa renda enfrentando até 82 vezes menos neurologistas por 1000 mil habitantes em comparação com países de baixa renda.
“Com mais de 1 em cada 3 pessoas no mundo vivendo com doenças que afetam o cérebro, precisamos fazer tudo o que estiver ao nosso alcance para melhorar os cuidados de saúde de que elas precisam”, declarou Farrar.
R7