A esteatose hepática grau 3, também conhecida como gordura no fígado avançada, é a forma mais grave dessa condição e pode levar a complicações sérias, como inflamação, fibrose e cirrose hepática. Inicialmente, a doença pode ser assintomática, mas com a progressão, pode comprometer a função do fígado e afetar a qualidade de vida do paciente.
A condição é cada vez mais comum no Brasil. De acordo com a Sociedade Brasileira de Hepatologia, estima-se que entre 20% a 30% da população mundial seja portadora dessa doença.
O que é a gordura no fígado grau 3? A esteatose hepática ocorre quando há um acúmulo excessivo de gordura nas células do fígado. Essa condição é classificada em três graus conforme a quantidade de gordura presente:
Grau 1 (leve): Até 30% das células hepáticas apresentam acúmulo de gordura. Grau 2 (moderado): Entre 30% e 60% do fígado está comprometido. Grau 3 (severo): Mais de 60% do fígado contém gordura, podendo levar a inflamações graves e fibrose hepática. No grau 3, há um risco aumentado de complicações sérias, como insuficiência hepática e desenvolvimento de cirrose, tornando essencial um tratamento adequado e imediato.
Sintomas da gordura no fígado grau 3 Muitos pacientes com esteatose hepática não apresentam sintomas nas fases iniciais, mas conforme a condição progride, podem surgir sinais como:
Dor no lado direito do abdômen;
Inchaço abdominal e nas pernas;
Cansaço e fraqueza frequentes;
Perda de apetite e emagrecimento sem explicação;
Enjoo e náuseas;
Dores de cabeça recorrentes;
Confusão mental e dificuldades cognitivas;
Problemas para dormir;
Pele e olhos amarelados (icterícia).
Diagnóstico da esteatose hepática grau 3 O diagnóstico da gordura no fígado grau 3 é feito com base em exames clínicos, laboratoriais e de imagem. Inicialmente, o médico investiga o histórico do paciente, considerando fatores como obesidade, diabetes, colesterol alto e consumo excessivo de álcool.
Os exames de sangue são utilizados para avaliar os níveis de enzimas hepáticas (ALT e AST), colesterol, triglicerídeos e glicose. Já os exames de imagem, como ultrassonografia, tomografia computadorizada e ressonância magnética, ajudam a determinar o grau de gordura presente no fígado.
Em casos mais avançados, quando há suspeita de inflamação e fibrose, pode ser necessária uma biópsia hepática, procedimento que coleta uma amostra do tecido do fígado para avaliação detalhada.
Tratamento para gordura no fígado grau 3 O tratamento para a esteatose hepática grau 3 baseia-se em mudanças no estilo de vida para reduzir o acúmulo de gordura e evitar a progressão da doença. Algumas das principais medidas incluem:
Alimentação equilibrada: Priorizar frutas, vegetais, grãos integrais e proteínas magras, reduzindo o consumo de alimentos ultraprocessados, gordurosos e ricos em açúcar.
Prática de exercícios físicos: Atividades como caminhada, corrida e musculação ajudam a melhorar o metabolismo hepático e controlar o peso corporal.
Evitar o consumo de álcool: Bebidas alcoólicas podem piorar a inflamação e acelerar o desenvolvimento da cirrose.
Controle de doenças associadas: Diabetes, colesterol alto e hipertensão devem ser monitorados e tratados conforme orientação médica.
Cada caso deve ser avaliado individualmente por um profissional de saúde, que indicará a melhor abordagem para reduzir a gordura hepática e prevenir complicações futuras.
Estudo alerta sobre bebida que agrava a gordura no fígado Um estudo citado pelo Catraca Livre revelou que o consumo excessivo de bebidas açucaradas pode aumentar o risco de gordura no fígado. A pesquisa aponta que esses líquidos contribuem para a esteatose hepática, agravando quadros já existentes. Reduzir o consumo de refrigerantes e sucos industrializados pode ser essencial para proteger a saúde hepática.
Catraca Livre
Foto: © iStock/transurfer