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As mudanças de personalidade nas pessoas com demência são um desafio para todos ao redor. Essas alterações acontecem devido à deterioração de partes do cérebro responsáveis pelo controle de emoções, comportamento e impulsos.

demencia

À medida que a doença avança, a pessoa pode se tornar agressiva, desorientada ou apática, e até apresentar comportamentos que antes não fazia parte de sua personalidade.

Reconhecer que essas mudanças são efeitos diretos das lesões cerebrais e não escolhas conscientes pode ajudar o cuidador a lidar com esses momentos com mais compreensão.

Manter a calma Quando surgem momentos de agressão, tristeza ou impulsividade, é importante reagir com calma e empatia.

Muitas vezes, as pessoas com demência captam o tom de voz e a expressão facial do cuidador, mesmo que não compreendam exatamente o que está sendo dito.

Estudos sobre pessoas com demência aconselham fazer o possível para responder calmamente, com a postura relaxada, mesmo que o paciente já tenha repetido a mesma pergunta várias vezes.

Respostas compassivas Tente evitar corrigir insistentemente o que a pessoa diz, pois isso pode aumentar a confusão e o estresse.

Caso a pessoa com demência pergunte por alguém falecido, por exemplo, uma resposta simples – ou suavizar a verdade – pode ser menos dolorosa do que a verdade direta.

Observar para entender Os comportamentos podem estar tentando comunicar algo. Por exemplo, ao expressar frustração, a pessoa pode estar com dor, fome, desconforto ou até entediada, mas sem conseguir verbalizar. Nesses casos, é importante observar o que ocorre ao redor para identificar possíveis gatilhos de irritação.

Uma técnica útil para cuidadores é a abordagem DICE: Descrever, Investigar, Criar e Avaliar. Descreva o comportamento, investigue suas causas (como ambiente ou horário), crie respostas para melhorar a situação e avalie o que deu certo.

Ambiente acolhedor Criar um ambiente sereno e confortável pode ajudar a evitar situações de estresse. Atividades simples, como expor a pessoa à luz natural ou colocar uma música calma, podem trazer momentos de tranquilidade.

Se for possível, fazer pequenas caminhadas ao ar livre ou em lugares conhecidos para a pessoa pode ser benéfico.

Alívio do tédio Muitas vezes, a falta de estímulos pode agravar mudanças de humor. Atividades como dobrar roupas, ajudar em tarefas leves ou até ouvir músicas antigas podem proporcionar satisfação e resgatar boas lembranças.

É essencial escolher atividades que sejam familiares e tenham valor emocional para a pessoa, criando uma experiência positiva.

E quando a situação se torna difícil? Em momentos de comportamentos intensos ou potencialmente violentos, a segurança do cuidador e da pessoa com demência deve ser priorizada.

Ter um plano de saída e uma forma de pedir ajuda é importante. Caso esses momentos ocorram frequentemente, procure orientação de profissionais que possam oferecer suporte, como terapeutas especializados.

Catraca Livre

Foto: © iStock/monkeybusinessimages