A vacinação contra a Covid-19 no Brasil teve adesão de 90,2% da população, que tomou pelo menos uma dose. Além disso, 84,6% das pessoas completaram o esquema vacinal de duas doses. Os grupos mais imunizados foram os idosos, mulheres e aqueles de maior escolaridade e de maior renda. A região que aplicou mais a vacina foi a Sudeste.
Os dados são da pesquisa Epicovid 2.0, que foi feita pela UFPel (Universidade Federal de Pelotas) com participação da FGV (Fundação Getulio Vargas), Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), UFCSPA (Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre) e UCPel (Universidade Católica de Pelotas).
A pesquisa também mostrou que 57,6% da população afirma que confia no imunizante, contra 27,3% que dizem desconfiar da vacina. Outros 15,1% se dizem indiferentes. Entre a população desconfiada, a maioria é de pessoas com menor renda.
Pedro Hallal, professor universitário responsável pela pesquisa, afirma que o levantamento aponta que a pandemia acirrou desigualdades sociais, visto que as pessoas com menos poder aquisitivo foram as mais afetadas em todos os índices.
A pesquisa também mostrou que 57,6% da população afirma que confia no imunizante, contra 27,3% que dizem desconfiar da vacina. Outros 15,1% se dizem indiferentes. Entre a população desconfiada, a maioria é de pessoas com menor renda.
Pedro Hallal, professor universitário responsável pela pesquisa, afirma que o levantamento aponta que a pandemia acirrou desigualdades sociais, visto que as pessoas com menos poder aquisitivo foram as mais afetadas em todos os índices.
“A campanha de desinformação que foi conduzida naquela época atingiu quem mais precisava dela, que foram os mais pobres.”
Entre as pessoas que se mostraram hesitantes sobre a vacinação:
32,4% disseram que o motivo foi por não acreditar no imunizante; 31% disseram achar que a vacina poderia fazer mal; 2,5% afirmaram que já tinham tido a doença, então acreditavam não precisar de vacina; 1,7% disseram ter problemas de saúde que impediam a vacinação; 0,5% disse não acreditar na existência do vírus da Covid; 31,9% relataram outros motivos. Impactos da pandemia Ainda segundo a Epicovid 2.0, cerca de 60 milhões de brasileiros afirmam ter contraído a Covid-19 desde o começo da pandemia, o que representa 28,4% da população. Entre os que pegaram a doença, 22,1% a tiveram uma vez, 4,9% tiveram duas vezes e 1,4% afirmam ter tido a doença três ou mais vezes.
Quase metade (48,6%) dos brasileiros teve redução na renda familiar devido à pandemia da Covid-19, e 37,9% perderam o emprego. Já 14,7% perderam um familiar para a doença, 21,5% precisaram interromper os estudos e 47,4% tiveram algum tipo de insegurança alimentar.
Segundo a pesquisa, os impactos foram mais frequentes nos mais pobres e nos domicílios chefiados por mulheres. Na classe de renda mais baixa, 44% afirmaram que faltou dinheiro para a compra de alimentos em algum momento, e 22% disseram que um adulto precisou reduzir a alimentação para sobrar para as crianças da casa.
A ministra da Saúde, Nísia Trindade, afirmou que a pandemia foi um “reforço de desigualdade” no Brasil.
R7
Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil - Arquivo