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Um medicamento chamado ubrogepant pode ser a solução para evitar crises de enxaqueca antes que a dor se instale.

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A descoberta, publicada na revista Neurology, da Academia Americana de Neurologia, traz esperança para quem sofre com essa condição debilitante.

Como o medicamento age na prevenção da enxaqueca? O ubrogepant pertence a uma classe de medicamentos chamada inibidores de CGRP. Essa proteína está diretamente envolvida nos processos que desencadeiam a enxaqueca, e sua inibição pode evitar o agravamento dos sintomas.

O estudo focou em pessoas que conseguem identificar os primeiros sinais de uma crise, como:

Sensibilidade à luz ou ao som; Dor ou rigidez no pescoço; Tontura; Fadiga. Ao agir rapidamente ao perceber esses sinais, o medicamento mostrou ser eficaz para impedir que a enxaqueca progredisse, permitindo aos pacientes maior bem-estar e capacidade de manter suas atividades diárias.

Descobertas do estudo A pesquisa contou com 518 participantes que conviviam com enxaquecas há pelo menos um ano, registrando de duas a oito crises mensais.

Eles foram divididos em dois grupos, alternando entre o uso de ubrogepant e placebo para tratar dois episódios diferentes de enxaqueca em um período de dois meses. Os resultados foram promissores:

65% dos que tomaram ubrogepant relataram pouco ou nenhum impacto na rotina após 24 horas. Entre os que usaram placebo, esse índice foi de 48%. Duas horas após a medicação, as pessoas que tomaram o medicamento tinham 73% mais chances de dizer que estavam agindo normalmente, sem limitações, em comparação com o placebo. Quem pode se beneficiar com o medicamento? Segundo os pesquisadores, o ubrogepant é mais indicado para pessoas que conseguem identificar sinais iniciais confiáveis de uma crise.

Essa habilidade permite que o medicamento seja administrado nos estágios iniciais, potencializando seus benefícios.

“Com base em nossas descobertas, o tratamento com ubrogepant pode permitir que pessoas com enxaqueca que apresentam sinais de alerta precoce antes que uma enxaqueca ocorra tratem rapidamente os ataques de enxaqueca em seus estágios iniciais e sigam com suas vidas diárias com pouco desconforto e interrupção”, afirmou Richard B. Lipton, um dos autores do estudo.

Embora o estudo ofereça resultados animadores, ele tem limitações. Os participantes registraram seus sintomas e o uso do medicamento em diários eletrônicos, o que pode ter levado a omissões ou imprecisões. Mais estudos serão necessários para confirmar a eficácia e a segurança do medicamento em diferentes cenários.

Catraca Livre

Foto: © Fornecido por Catraca Livre