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Pesquisadores das universidades Cambridge e Oxford, no Reino Unido, descobriram que lesões cerebrais podem estar por trás dos sintomas da Covid longa, como, por exemplo, fadiga, falta de ar, dor no peito, confusão mental, ansiedade, depressão e transtorno de estresse pós-traumático.

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Segundo a pesquisa publicada na revista Brain, cientistas analisaram os corpos dos mortos pela Síndrome Aguda Grave de Covid-19 e encontraram lesões no tronco cerebral que fica entre o cérebro e a medula espinhal.

Os sintomas da Covid longa podem permanecer desde a infecção ou aparecer pela primeira vez em até três meses depois da alta, durando pelo menos dois meses. A condição pode afetar tanto pessoas que tiveram formas leves de Covid-19 quanto as mais agudas, segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde.

Para os especialistas, já era conhecido que a doença, em sua fase mais aguda, afetava essa parte do corpo. A descoberta foi que o tronco cerebral por estar direta ou indiretamente ligado aos sintomas de Covid longa, ou seja, nos sintomas persistentes do vírus.

Foram observadas imagens de alta resolução de 30 pacientes que tiveram Covid na primeira onda da pandemia, quando não tinham vacinas ainda, com 93 a 548 dias depois da alta pela infecção e compararam com outras 51 pessoas com idades semelhantes e sem histórico de ter contraído Covid.

Foi visto que os pacientes que tiveram Covid aguda, ou seja, uma infecção pior, se recuperaram de forma pior. Eles reforçam, no entanto, que as lesões não são a causa da Covid longa, mas que, aqueles que apresentaram tais lesões tinham pré-disposição para continuar com sintomas, ou apresentavam sintomas mais fortes, podendo ser uma das causas.

R7

Foto: Reprodução Record