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No Dia Mundial Contra a Raiva, o Ministério da Saúde investiu cerca de R$ 35 milhões na aquisição de vacinas, visando imunizar 28 milhões de cães e gatos em todo o Brasil. A campanha inclui vacinação de rotina, bloqueio de focos e ações que abrangem 22 estados e o Distrito Federal.

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O principal objetivo é eliminar a raiva transmitida por cães, garantindo a proteção da população e de seus animais de estimação. Em 2024, já foram distribuídas 1,3 milhão de doses da vacina contra a raiva humana, com mais de 669 mil aplicações registradas até setembro. Para cães e gatos, foram distribuídas mais de 23 milhões de doses até o momento.

Histórico e resultados As campanhas nacionais de vacinação contra a raiva canina começaram em 1973, com a criação do Programa Nacional de Prevenção da Raiva (PNPR). Desde então, houve uma redução significativa nos casos de raiva humana no Brasil, especialmente os mediados por cães, sem nenhum registro desde 2015. Casos esporádicos têm sido relacionados ao ciclo silvestre, com transmissão principalmente por morcegos, saguis e raposas.

Nos últimos 30 anos, a vacinação em massa de cães e gatos tem sido uma estratégia fundamental para o controle da raiva. Em 2024, o Brasil registrou apenas 10 casos de raiva, todos associados a animais silvestres, em comparação com 1.200 casos em 1999.

Sobre a raiva A raiva é uma doença viral grave, que afeta mamíferos, inclusive humanos, e tem uma letalidade de quase 100%. Ela é transmitida pela saliva de animais infectados, principalmente através de mordidas, arranhaduras ou lambeduras. Nos cães e gatos, o vírus pode ser transmitido de 2 a 5 dias antes do surgimento dos sintomas, e o animal infectado geralmente morre em até 7 dias após o início dos sinais clínicos.

A vacinação é a melhor forma de prevenir a raiva, tanto em animais quanto em humanos. Em caso de exposição ao vírus, a profilaxia antirrábica deve ser aplicada o mais rápido possível. Apesar dos esforços de tratamento, a raiva continua sendo uma doença quase sempre fatal.

Diagnóstico e tratamento O diagnóstico da raiva é facilitado quando há sinais e sintomas típicos, especialmente se houver histórico de mordida ou contato com um animal suspeito. Embora existam tratamentos experimentais, como o Protocolo de Tratamento da Raiva Humana, a taxa de sobrevivência é extremamente baixa, reforçando a importância da vacinação e da prevenção.

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Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil - Arquivo