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As doenças cardiovasculares continuam sendo a principal causa de morte em todo o mundo, o que requer um aumento na vigilância para sua prevenção. Um estudo recente, conduzido por pesquisadores do Inserm, da Universidade de Lorraine e do CHRU de Nancy, focou em um aspecto até então não explorado dessa prevenção: a rigidez arterial. Com o avançar da idade, nossas artérias perdem sua flexibilidade, aumentando assim o risco cardiovascular.

Ao examinar os dados de mais de 1.250 indivíduos europeus, esses pesquisadores confirmaram uma correlação direta entre a rigidez arterial e o risco cardiovascular. Seu estudo, publicado na revista eBioMedicine, destaca a utilidade de utilizar uma ferramenta específica, o CAVI (Índice Vascular Cardio/Tornozelo), para prever esse risco. Essa abordagem não invasiva mede a rigidez arterial avaliando a velocidade de fluxo sanguíneo entre os braços, tornozelos e o coração.

Cada aumento de um ponto no índice CAVI (equivalente a um aumento de cerca de 10% na rigidez arterial) está associado a um risco 25% maior de evento cardiovascular. Os pesquisadores também identificaram fatores que influenciam a progressão dessa rigidez, incluindo idade e pressão arterial. Os tratamentos para colesterol ou diabetes poderiam, no entanto, contribuir para desacelerar essa progressão, embora análises adicionais sejam necessárias para confirmar essa possibilidade.

Esses resultados revelam o potencial do índice CAVI como uma ferramenta de previsão do risco cardiovascular, oferecendo assim um método simples e rápido para avaliar a saúde cardiovascular de um indivíduo. Além de permitir a detecção precoce de pessoas em risco, essa ferramenta também pode orientar decisões clínicas em termos de monitoramento e tratamento preventivo.

Autor do artigo: Cédric DEPOND

Fonte: eBioMedicine