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A ministra da Saúde, Nísia Trindade, informou nesta segunda-feira (8) novas medidas relacionadas à atenção primária, ampliação do acesso a profissionais especialistas na rede pública de saúde e a digitalização. Entre as novidades, estão aumento da carga horária nas unidades básicas de saúde e regras para distribuição de recursos federais para gestores locais.

Trindade lançou o ciclo integral de cuidado à população brasileira, com esses três focos. Anteriormente, o foco era nos procedimentos, consultas e exames, feitos em lugares diferentes e sem integração dos profissionais. Agora, o modelo vai se concentrar na atenção do paciente e suas necessidades, reduzindo a quantidade de lugares que precisa ir e integrando os exames e consultas e o acompanhamento.

A pasta determinou a ampliação no horário de atendimento nas unidades básicas de saúde, com mais equipes até 22h. A meta do Ministério da Saúde é criar, por ano, até 2026, 2.360 equipes de saúde da família, 3.030 equipes de saúde bucal e 1.000 multiprofissionais. Com isso, a previsão é chegar em 80% na cobertura de pessoas com acesso e atendimento de qualidade na atenção primária.

Para ampliar o acesso da população a profissionais especialistas, a pasta criou um modelo de cuidado com maior oferta de consultas, exames e cirurgias, de forma humanizada. A linha se dá da seguinte forma: atendimento, telessaúde, especialista, exames necessários, planos terapêuticos individuais, resolução e acompanhamento.

Atualmente, os serviços públicos e privados da rede de saúde recebem recursos e são avaliados por fazer procedimentos, como consultas e exames. Até hoje, essa era o foco, e não o cuidado das pessoas de um modo integral. "Poder realizar uma mamografia ou uma biopsia ainda no início de um câncer é essencial, mas tão importante é ir atrás dessa pessoa e garantir a ela um tratamento o mais rápido possível", argumenta o ministério.

Em 2024, a Saúde determinou um novo modelo de pagamento que, além de aumentar os recursos para o setor, foca na realização do ciclo de cuidado e no tempo máximo para que isso aconteça. O resultado será o foco no cidadão visto como um todo, e não na realização de um exame isoladamente. Para isso, os recursos só serão repassados aos gestores locais se utilizarem no custeio dos serviços públicos e contratação da rede privada, caso realizam as consultas e exames para um paciente num tempo máximo determinado. "Esse modelo ganha relevância, por exemplo, na investigação diagnóstica dos casos de suspeitas de câncer", diz a pasta.

Outra novidade anunciada por Nísia diz respeito ao aplicativo Meu SUS Digital. A meta é permitir que cada cidadão e profissional de saúde possa monitorar o paciente por meio da tecnologia, que emite carteira de vacinação, documento para retirada de absorventes pelo Farmácia Popular e acompanhamento em tempo real da fila de transplantes.

R7