O glaucoma, doença que acomete o nervo óptico do olho, é a principal causa de deficiência visual e cegueira irreversível no Brasil e no mundo. As informações são da SBO (Sociedade Brasileira de Oftalmologia). Nesta terça-feira (12), é comemorado o Dia Mundial do Glaucoma, data que relembra a importância de um acompanhamento médico para os cuidados contra a enfermidade.
"O glaucoma é uma doença silenciosa, na grande maioria das vezes, ela não traz sintomas e nem sinal, por isso, o paciente não percebe que está com a doença, pois não sente nada", diz o presidente da SBO, Ricardo Paletta.
Paletta também afirma que a grande mensagem do dia é a prevenção. "Quando detectado precocemente, o glaucoma tem tratamento e o tratamento é eficaz e consegue paralisar a doença antes que aconteça a deficiente de parte da visão", ressalta.
O presidente da SBO afirma que alguns fatores de risco podem contribuir para o aparecimento da doença. São eles:
- Pressão alta nos olhos:
- Idade avançada;
- Histórico familiar;
- Miopia (principalmente miopia mais elevada);
- Trauma ocular; e
- Uso contínuo de medicamentos à base de corticoide
Ainda segundo o médico, o tipo mais comum da doença é o de ângulo aberto, no qual o dano é desencadeado por um aumento na pressão ocular "provocado por uma obstrução progressiva da via de escoamento do líquido que circula dentro do olho, chamado humor aquoso".
Causas
O diretor da Sociedade Brasileira de Glaucoma, Alberto Diniz, diz que a principal causa do glaucoma é a genética, ou seja, os pacientes já nascem com a tendência de devolver a doença. "A doença na maioria das vezes só se manifesta após os 40 anos", explica.
"A perda de campo de visão é inicialmente periférica. A pessoa enxerga nitidamente os objetos que estão à sua frente, porém não vê o que está nas laterais, podendo progredir para cegueira se não for diagnosticada e tratada adequadamente. Vale ressaltar que uma vez ocorrido, o dano visual é irreversível, e isso levou ao glaucoma a ser descrito como a 'doença silenciosa da cegueira'."
Diniz também explica que, por causa da falta de sintomas, a melhor forma de tratamento é a prevenção. "Por isso, é fundamental a realização de consultas oftalmológicas periódicas com a medida da pressão intraocular e o exame do fundo de olho", afirmou.
Tratamentos Segundo o médico, o tratamento é feito com colírios, laser e cirurgia, conforme recomendação médica. O tratamento é indicado conforme o tipo de glaucoma e estágio da doença, bem como a velocidade de progressão.
"Infelizmente não há cura para o glaucoma e a perda da visão é irreversível. No entanto, os colírios, o laser ou a cirurgia podem interromper ou retardar a perda de visão", concluiu.
R7
Foto: Marcelo Casal JR/Agência Brasil