A China garantiu nesta terça-feira (28) que "não há razões para se preocupar" com o crescente surto de infecções respiratórias que assola o país asiático e que, segundo Pequim, se deve a "patógenos conhecidos"
Porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Wang Wenbin disse em coletiva de imprensa que as autoridades chinesas "mantiveram contato com a Organização Mundial de Saúde (OMS)" sobre a situação na China.
"Posso garantir que viajar e fazer negócios na China é seguro e não há razões para se preocupar", disse Wenbin, que anteriormente havia se recusado a comentar essa questão e chegou a mandar os jornalistas procurarem as agências de saúde competentes.
Na semana passada, representantes da Comissão de Saúde da China realizaram uma reunião por videoconferência com responsáveis da OMS, na qual os responsáveis chineses apresentaram dados sobre vigilância e detecção de agentes patogênicos causadores de doenças respiratórias, bem como protocolos de diagnóstico e tratamento.
A notificação ocorreu depois de a OMS ter solicitado à China informações detalhadas sobre o recente aumento de casos de doenças respiratórias e surtos de pneumonia infantil. Segundo a comissão, o surto deve-se a "patógenos conhecidos", como a gripe sazonal, bem como o rinovírus, o Mycoplasma pneumoniae, o vírus sincicial respiratório e o adenovírus, e atingirá seu pico em uma a duas semanas, segundo especialistas locais.
As autoridades chinesas já pediram na semana passada o reforço dos cuidados primários e da coordenação entre hospitais para fazer frente ao aumento de casos de infecções respiratórias. A comissão emitiu essas recomendações após as autoridades de saúde chinesas terem relatado um aumento na incidência de doenças respiratórias no país, algo que atribuíram em parte à suspensão das medidas preventivas contra a Covid-19 no início deste ano.
Agência EFE