O Laboratório Central de Saúde Pública do Distrito Federal (Lacen) detectou, na última quinta-feira (24), a nova subvariante da Covid-19 apelidada internacionalmente de Éris. A paciente é uma bebê de menos de dois anos de idade que foi internada no Hospital Materno Infantil de Brasília (Hmib) no dia 11 deste mês com sintomas respiratórios. Ela recebeu tratamento e foi liberada no dia 14.
O subsecretário de Vigilância à Saúde do DF, Divino Valero Martins, afirma que os brasilienses não precisam se preocupar com a nova cepa. "Não há motivos para a população se exasperar, porque a Secretaria de Saúde está atenta a essas questões das variantes da Ômicron", ressalta.
Segundo a Secretaria de Saúde, embora seja altamente contagiosa, a mutação não demonstrou sinais de grande risco para a maior parte da população. Até o momento, os relatos são de sintomas muito parecidos com os que são causados pela Ômicron original: febre, dor de cabeça, dor no corpo, dor de garganta e nariz escorrendo.
De acordo com a secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde, Ethel Maciel, o crescimento dos casos nos próximos meses é esperado porque as mutações da subvariante Éris permitem a reinfecção pela doença. “É importante que a população esteja com o esquema vacinal completo, principalmente os grupos de risco, como idosos e portadores de comorbidades, pois a imunização diminui a probabilidade de casos graves e mortes”, disse.
Variante Éris
Derivada da Ômicron, a subvariante já circula pelo menos desde fevereiro, tendo sido confirmada em mais de 50 países. No Brasil, o primeiro caso reportado foi no estado de São Paulo no dia 17 deste mês. O apelido Éris, ainda que disseminado internacionalmente, não é um nome oficial dado pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Não há indicativo de que a subvariante seja mais letal ou mais contagiosa que a Ômicron, variante identificada no Distrito Federal pela primeira vez em dezembro de 2021.
Casos de Covid no DF
Entre 12 e 19 de agosto, foram registrados 312 novos casos da doença, contra 239 na semana anterior. Desde o início da pandemia, o DF já registrou mais de 911 mil casos confirmados de Covid-19 — 98,6% evoluíram para recuperação e 1,3% (11.886) resultaram em morte, dos quais 1.033 foram de de residentes de outras unidades da Federação. Em 2023, foram 33 óbitos.
R7