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A FDA, agência reguladora de medicamentos dos Estados Unidos, aprovou, na quarta-feira (26), a primeira cápsula oral de microbiota fecal. A tecnologia torna mais fácil um procedimento já usado para o tratamento de colite pseudomembranosa, uma infecção intestinal pela bactéria Clostridioides difficile (C. difficile), ou CDI: o transplante de fezes.

O transplante fecal se faz necessário no momento em que os medicamentos não conseguem conter a infecção bacteriana, em casos recorrentes. No entanto, tradicionalmente, ele é feito com fezes doadas e por meio de endoscopia ou colonoscopia. A FDA, agência reguladora de medicamentos dos Estados Unidos, aprovou, na quarta-feira (26), a primeira cápsula oral de microbiota fecal. A tecnologia torna mais fácil um procedimento já usado para o tratamento de colite pseudomembranosa, uma infecção intestinal pela bactéria Clostridioides difficile (C. difficile), ou CDI: o transplante de fezes.

O transplante fecal se faz necessário no momento em que os medicamentos não conseguem conter a infecção bacteriana, em casos recorrentes. No entanto, tradicionalmente, ele é feito com fezes doadas e por meio de endoscopia ou colonoscopia. Chamada de Vowst, a cápsula foi desenvolvida pelo laboratório norte-americano Seres Therapeutics, em parceria com a Nestlé Health Science. Ela usa matéria fecal humana doada por indivíduos qualificados, segundo a agência reguladora.

A previsão dos fabricantes é que o produto esteja disponível nos EUA em junho.

Os pacientes que fizerem o tratamento precisarão tomar quatro cápsulas uma vez ao dia, durante três dias seguidos.

O transplante fecal substitui a flora intestinal da pessoa que recebe pela dos doadores. O objetivo, no caso da colite pseudomembranosa, é que a nova microbiota elimine a C. difficile, curando, portanto, o quadro inflamatório.

Os testes mostraram que 12,4% dos que tomaram as cápsulas tiveram novos episódios de colite pseudomembranosa, enquanto entre os que tomaram placebo, 39,8% voltaram a ter sintomas da doença. O problema da recorrência das infecções por C. difficile é justamente o fato de elas se tornarem mais comuns nos pacientes que tiveram uma ou duas vezes. O tratamento também passa a ser menos eficaz.

"O risco de recorrências adicionais aumenta com cada infecção, e as opções de tratamento para CDI [C. difficile] recorrente são limitadas. Acredita-se que a administração da microbiota fecal facilite a restauração da flora intestinal para prevenir novos episódios de CDI", afirma a FDA.

Os principais efeitos colaterais foram inchaço abdominal, cansaço, constipação, calafrios e diarreia.

Outra técnica de transplante fecal para casos de colite pseudomembranosa já havia sido aprovada pela FDA em dezembro do ano passado. O método da empresa suíça Ferring Pharmaceuticals, chamado de Rebyota, envolve o uso de um enema.

R7