Um estudo feito por pesquisadores do Institute of Cancer Research, no Reino Unido, mostrou que pacientes que tenham enfrentado o câncer de mama positivo para o receptor de estrogênio, têm maiores chances de apresentar metástase pulmonar anos após a remissão do diagnóstico primário. A novidade é que eles descobriram medicamentos capazes de retardar e desativar o crescimento desses tumores.
De acordo com a pesquisa, as células metásticas tumorais permanecem adormecidas no pulmão, mesmo anos após o fim do tratamento contra o câncer mamário.
As descobertas, publicadas na terça-feira (14), no periódico científico Nature Cancer, revelam que, dentro do pulmão, processos moleculares estimulam o crescimento dessas células, junto à proteína PDGF-C, responsável pelo crescimento dos tecidos corporais, que determinará se os tumores permanecerão ou não adormecidos.
À medida que os níveis da proteína aumentam no organismo, concomitantemente, as células tumorais crescem, também, desenvolvendo a metástase no pulmão. Dessa maneira, os pesquisadores investigaram se o bloqueio das atividades da proteína PDGF-C preveniria o "despertar" das células.
Assim, eles dividiram os experimentos em dois grupos com camundongos, que foram tratados com um bloqueador de crescimento do câncer chamado imatinibe, medicamento usado para tratar pacientes com leucemia mielóide crônica. A divisão dos grupos foi feita com tratamento pré e pós-desenvolvimento dos tumores.
Como resultado, ambos os grupos tiveram o crescimento das células tumorais diminuído, explicam os autores do estudo.
"Agora, planejamos desvendar melhor como os pacientes podem se beneficiar do medicamento existente Imatinib e, a longo prazo, pretendemos criar tratamentos mais específicos direcionados ao mecanismo de 'revigoramento'", finaliza e m comunicado Frances Turrell, autor do estudo.
R7