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Em estudo divulgado na última quarta-feira, 16, pela revista Neurology, da Associação Americana de Neurologia, afirma que pessoas que testaram positivo para infecção da Covid-19 possuem maior chance de desenvolverem convulsões ou epilepsias durante os seis próximos meses após o diagnóstico.

Ainda de acordo com a pesquisa realizada, as crianças tiveram maior aumento de risco e exposição para este novo sintoma e pessoas que não precisaram se hospitalizar também sofreram o crescimento dessa taxa. No entanto, o registro de ocorrências para epilepsias e convulsões após a contaminação do coronavírus foi moderadamente pequeno, com uma estimativa de apenas 1% das pessoas tiveram Covid-19, segundo os cientistas do estudo.

“Embora o risco geral de desenvolver convulsões ou epilepsia seja baixo - menos de 1% de todas as pessoas com Covid-19, dado o grande número de pessoas infectadas com Covid-19, isso pode resultar em aumento no número de pessoas com convulsões e epilepsia” afirma Arjune Sen, autor do estudo e professor da Universidade de Oxford, na Inglaterra. Para o estudo chegar a essa conclusão, os pesquisadores utilizaram registros de saúde de pessoas que foram infectadas pela Covid-19. Após isso, compararam os dados com pessoas que foram contaminadas com o vírus da influenza ao longo do mesmo período e com indivíduos com semelhança em idade, sexo e condições médicas. Vale ressaltar que nenhum dos integrantes do teste foi diagnosticado anteriormente com epilepsia ou convulsões habituais.

A pesquisa foi feita após a divisão entre dois grupos de voluntários com 150 mil em cada divisão. Um grupo era composto por pessoas que já foram diagnosticadas com o vírus da corona e o outro por pessoas que haviam sido infectadas pela gripe. Conforme o resultado da pesquisa, as pessoas que tiveram Covid apresentaram 55% mais chances de sofrerem ataques de epilepsia ou convulsões nos próximos seis meses depois da infecção.

Por números, o índice de novos casos de epilepsia ou convulsões em pessoas que tiveram Covid-19 foi de 0,94%, enquanto a taxa de pessoas infectadas pela gripe era de apenas 0,60%.

“As pessoas devem interpretar esses resultados com cautela, pois o risco geral é baixo”, comenta o cientista.

3 min de leitura R7