A Petrobras anunciou nesta sexta-feira (17) aumentos nos preços da gasolina e do diesel para as distribuidoras. Os novos valores passam a valer a partir de sábado (18). O litro da gasolina passou de R$ 3,86 para R$ 4,06 — aumento de 5,18%. Já para o diesel, a elevação foi de R$ 4,91 para R$ 5,61 por litro — alta de 14,26%. O valor do GLP foi mantido.

Vale lembrar que o valor cobrado para os consumidores, ou seja, o preço das bombas, depende dos impostos e das margens de lucro das distribuidoras. Em nota à imprensa, a Petrobras disse ser "sensível" ao momento pelo qual o Brasil e o mundo passam. "Quando há uma mudança estrutural no patamar de preços globais, é necessário que a Petrobras busque a convergência com os preços de mercado", justifica a estatal. O diesel ficou 39 dias sem reajuste e a gasolina, 99 dias.

O aumento acontece dias após o presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmar, durante entrevista para o canal do YouTube da jornalista Leda Nagle, que a Petrobras estaria "dando dica" de que planeja aumentar os preços. "Não interessa quanto seja o aumento, já está absurdo o preço dos combustíveis", disse o presidente, que chamou o lucro da empresa de "extorsivo".

Horas antes do anúncio do reajuste, Bolsonaro escreveu nas redes sociais que o governo federal "como acionista é contra qualquer reajuste nos combustíveis". "A Petrobras pode mergulhar o Brasil num caos. Seus presidente, diretores e conselheiros bem sabem do que aconteceu com a greve dos caminhoneiros em 2018, e as consequências nefastas para a economia do Brasil e a vida do nosso povo", escreveu o chefe do Executivo.