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A Companhia de Participações em Concessões, do grupo CCR, e a Vinci Airports venceram nesta 4ª feira (7.abr.2021) o leilão para explorar 22 aeroportos brasileiros. O ágio médio –diferença entre os valores mínimos para lances estabelecidos pelo governo e os valores ofertados pelas empresas e consórcios vencedores– foi de 3.822%. Aeroporto Afonso Pena, na região metropolitana de Curitiba, foi um dos leiloados no bloco Sul © Divulgação/Anac Aeroporto Afonso Pena, na região metropolitana de Curitiba, foi um dos leiloados no bloco Sul

Ao todo, R$ 3,3 bilhões foram oferecidos inicialmente pelas investidoras. O governo espera que as empresas façam investimentos de R$ 6,1 bilhões nos ativos ao longo dos 30 anos de contrato.

Em condições normais de tráfego (dados de 2019, anteriores à pandemia), esses aeroportos situados em 12 Estados recebem 24 milhões de passageiros por ano. Eis as vencedoras de cada bloco:

Companhia de Participações em Concessões faturou o Bloco Sul, que tem Curitiba, Baracheri, Foz do Iguaçu e Londrina (PR); Navegantes e Joinville (SC); Pelotas, Urugaiana e Bagé (RS). Ofereceu R$ 2,13 bilhões. O ágio foi de 1.534,36%; Companhia de Participações em Concessões levou o Central, que reúne os aeroportos de Goiânia (GO); Palmas (TO); São Luís e Imperatriz (MA); Teresina (PI); e Petrolina (PE). Ofereceu R$ 754 milhões. O ágio foi de 9.156,01%; Vinci Airports venceu o Norte 1, que concentra Manaus, Tabatinga e Tefé (AM); Porto Velho (RO); Boa Vista (RR); Rio Branco e Cruzeiro do Sul (AC). Ofereceu R$ 420 milhões. O ágio foi de 777,5%.

As vencedoras pagarão o valor ofertado mais o ágio na assinatura do contrato. Depois, a partir do 5º ano, pagarão parte da receita ao governo.

O governo repetiu a opção de leiloar os ativos em blocos e não individualmente para garantir que todos tenham operadores. Em entrevista concedida na 3ª feira (6.abr), o ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, afirmou que a estratégia não atrapalha os investimentos em cada aeroporto, pois são pautados individualmente.

AGENDA DE LEILÕES

O certame desta 4ª feira (7.abr) foi o 1º da “Infra Week”, como foi chamada a sequência de leilões marcada para esta semana. Além dos 22 aeroportos, serão leiloados o 1º trecho da Fiol (Ferrovia de Integração Oeste-Leste) na 5ª feira (8.abr) e 5 terminais portuários na 6ª feira (9.abr).

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Com 537 quilômetros de extensão, a Fiol ligará Ilhéus a Caetité, na Bahia. O projeto auxiliará o escoamento do minério de ferro produzido na região de Caetité e da produção de grãos e minério do Oeste da Bahia pelo Porto Sul, complexo portuário a ser construído nas imediações de Ilhéus.

Já os 5 terminais portuários são 4 no Porto de Itaqui, no Maranhão, e 1 em Pelotas, no Rio Grande do Sul. Os terminais do Maranhão devem ter mais concorrência pois são voltados ao armazenamento de granéis líquidos e, por isso, têm potencial para combustíveis. O de Pelotas é específico para madeira.

No fim do mês (29.abr) será realizado o leilão da BR-153/080/414, que abrange Goiás e Tocantins. A BR-153 é considerada uma das principais rodovias de integração nacional do Brasil.

Todos os leilões a serem realizados neste mês devem somar R$ 18,4 bilhões em investimentos.

msn