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O Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transporte Rodoviário do Piauí (Sintetro) informou, nesta segunda-feira (1º), que vai acionar o Ministério Público do Estado do Piauí (MP-PI) contra a venda de vales-transportes pelo Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Passageiros de Teresina (Setut).  A posição do Sintetro foi manifestada nesta segunda-feira (1º/3), em reunião com o deputado estadual Franzé Silva (PT). Os trabalhadores denunciam que o Setut vem faturando sem prestar um serviço de qualidade aos usuários. O sistema de transporte coletivo está em greve desde 8 de fevereiro.


O Sintetro também acionará o Ministério Público do Trabalho (MPT) para assegurar que a Prefeitura de Teresina repasse, diretamente aos trabalhadores, por meio do Sindicato, valores referentes aos salários e benefícios da categoria que estão em atraso, sem que seja necessário o intermédio do Setut.

O parlamentar observa que “motoristas e cobradores estão passando fome, pois estão sem receber seus salários e outras garantias. Do outro lado, estão os empresários, que continuam faturando com a venda de vales-transportes, ou seja, os recursos estão entrando nas empresas, mesmo com o sistema parado. Os ônibus estão nas garagens, sem gastar combustível, sem gastar dinheiro, sem pagar pessoal e faturando. Essa greve está sendo, portanto, muito vantajosa para os empresários”.

Franzé pontua, ainda, que “os usuários estão pagando transporte alternativo mais caro e passando mais tempo de espera nas paradas de ônibus. O sofrimento é 100% dos usuários e trabalhadores. Por isso, estamos orientando o Sintetro a procurar o MPE e MPT para efetivar, primeiro, a suspensão da venda de vale-transporte pelo Setut. Segundo, para obrigar a prefeitura a pagar diretamente para o Sindicato os direitos dos trabalhadores”.

O presidente do Sintetro, Ajuri Dias, assinala que “tivemos a ideia colocar as assessorias jurídicas do Sindicato e do deputado Franzé para que entremos com ações junto ao Ministério Público Estadual e Ministério Público do Trabalho, com o objetivo de denunciar o formato que o Setut está utilizando na venda de vales-transportes e vales-estudantis e, ao mesmo tempo, possamos adquirir, diretamente, o recurso que a prefeitura tem que passar aos trabalhadores”.