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Em um longo texto publicado nas redes sociais, nesta terça-feira (11/08), o senador Ciro Nogueira (Progressistas) demonstrou preocupação com a “má utilização” de R$ 1,6 bilhão em recursos para a educação no Piauí, repassados ao estado após ação contra a União referente a precatório do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério (Fundef).

O político ressalta que os recursos representam uma “oportunidade de dar um salto de qualidade na nossa educação”, caso haja “bom uso dos recursos”. “Não parece ser essa a intenção do governo e do governador. As notícias que me chegam aumento a minha angústia quanto ao uso inadequado desse dinheiro”, segue Ciro.

Ele menciona a possibilidade de que R$ 72 milhões possam ir para a Fundação Getúlio Vargas, e R$ 800 milhões sejam destinados à educação à distância, “num estado em que prédios escolares estão caindo aos pedaços, carecendo de reformas e com professores sem receber reajuste de vencimentos desde 2018”.

Ciro vê como “um insulto à nossa inteligência e à boa governança” e aponta “risco de o dinheiro se diluir no ar”. Questiona ainda a forma como o governo tem gerido os recursos financeiros do Estado e cobra do Tribunal de Contas e da Assembleia Legislativa, bem como do Ministério Público, ação “em defesa do interesse público”.

Na publicação, o senador afirmou ainda que irá se habilitar em ação direta de inconstitucionalidade, impetrada pelo governador Wellington Dias no Supremo Tribunal Federal, em que busca autorização para usar os recursos da educação em área diversa. “Coisa com o que, claro, nós não concordamos”, conclui.