A deputada estadual Teresa Britto (PV) repercutiu, na sessão de terça-feira (13), na tribuna da Assembleia Legislativa do Piauí (Alepi), os dados do relatório do Conselho Regional de Medicina (CRM-PI) sobre a interdição da Maternidade Evangelina Rosa. Entres as constatações, a parlamentar destacou a situação precária em que se encontram as pacientes mães e a falta de pagamento aos profissionais da saúde e servidores terceirizados.
Teresa Britto leu as informações a respeito da situação que ocorre na maternidade, destacando a falta de atendimento e alimentação adequada para as parturientes, além da ausência de profissionais e estrutura precária do local, que tem sido palco de denúncias e de ações do Ministério Público do Piauí. “Nas constatações do CRM, destacamos diversos descasos e irregularidades chocantes. Além disso, recebemos várias denúncias sobre falta de pagamento aos servidores. Pretendo entrar com uma ação contra o Governo do Estado, por falta de investimento na saúde e por não cumprir com seu dever na gestão”, ressalta.
De acordo com Teresa Britto, os plantonistas relataram que pacientes são encaminhadas à maternidade com diagnósticos não condizentes com a realidade. Falsos trabalhos de parto, idades gestacionais mal calculadas ou apenas para reavaliação de ultrassonografias. Foi constatado que no centro obstétrico e centro cirúrgico há uma péssima qualidade nos instrumentos cirúrgicos, problema de infiltração nos banheiros, além de lençóis que não são trocados regularmente.
“De forma alguma vamos deixar de cobrar aos órgãos responsáveis, mas, principalmente, vamos cobrar ao governador Wellington Dias, para que vá pessoalmente, não inaugurar uma enfermaria que ficou três meses em uma simples reforma, como foi colocado pelo Ministério Público, mas para sentir a dor daquelas mulheres e daquelas famílias. Consideramos uma crueldade e um verdadeiro descaso contra as mães e as famílias do Piauí. O que era para ser um momento de alegria, se torna um verdadeiro trauma”, acrescenta Teresa Britto.
A deputada anunciou que irá apresentar proposta à Comissão de Saúde da Assembleia a continuidade das visitas de vistoria aos hospitais públicos do Estado do Piauí. “Nosso governador precisa ficar no seu estado,reorganizar sua gestão e buscar resolver as prioridades, começando pela saúde, salvando vidas”.
Ainda sobre o tema saúde, Teresa Britto comentou sobre a reunião que participou, no Comitê de Combate à Tuberculose e HIV Aids, na Secretaria de Estado da Saúde (SESAPI). Ela ouviu relato de servidores que eles se encontram em um verdadeiro abandono, sem as condições adequadas de trabalho. “Imagina uma pessoa, que ganha apenas um salário mínimo, estar com quatro meses de salário atrasado. Esses servidores estão sendo oprimidos, sem o direito básico de receber o próprio sustento”, frisou.
Assessoria parlamentar