Entre os jovens brasileiros, o narguilé virou moda como alternativa ao cigarro, porém, muitos não sabem que o uso pode trazer riscos à saúde. A Organização Mundial de Saúde (OMS) e o Instituto Nacional do Câncer (INCA) alertam que um período de 20 a 60 minutos inalando a fumaça do narguilé equivale a fumar cerca de 100 cigarros.
Pensando nisso, o senador Ciro Nogueira (Progressistas) apresentou um projeto (PL 641/2019) para obrigar as empresas fabricantes e os estabelecimentos comerciais que vendem o produto a colocarem alertas nas embalagens, acessórios e locais de venda sobre os riscos à saúde associados ao uso de narguilé.
Para Ciro Nogueira, é preciso conscientizar todos os usuários que o consumo de narguilé é prejudicial. “Muitos utilizam acreditando que se trata de um hábito que não faz mal, mas pesquisas sobre o efeito a longo prazo a saúde do usuário mostram associação significativa entre o consumo de tabaco para narguilé e o câncer de pulmão, além de outros tipos de câncer”, destacou.
O senador lembrou que, segundo a OMS, os tabacos usados no narguilé, independentemente das essências utilizadas, apresentam quatro vezes mais nicotina, 11 vezes mais monóxido de carbono e 100 vezes mais alcatrão do que o cigarro comum. “É uma bomba de veneno”, definiu Ciro.
Outros riscos
As piteiras utilizadas nos narguilés são, em geral, compartilhadas, por isso, além dos danos à saúde pelo tabaco, há o risco da transmissão de doenças contagiosas. O fato de várias pessoas usarem o utensílio ao mesmo tempo aumenta o risco de herpes labial e até doenças mais graves, como tuberculose e hepatite C.
Senador Ciro Nogueira
Assessoria de imprensa