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O petista Wellington Dias foi empossado na tarde desta terça-feira (1º) para seu 4º mandato como governador do Piauí. A cerimônia foi dividida em duas partes, uma na Assembleia Legislativa do Piauí (Alepi) e outra na sede do Poder Executivo estadual, Palácio de Karnak. 

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Wellington Dias deixou a residência oficial, localizada na zona leste de Teresina e foi escoltado por batedores das Rondas Ostensivas com Apoio de Motocicletas (Rocam) até chegar na Alepi às 16h50. Logo depois de discursar, Wellington Dias seguiu para o Palácio de Karnak.

 Wellington Dias citou em seu discurso o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como um “líder”, que foi “forte candidato” nas eleições presidenciais no ano passado. Wellington afirmou, durante sua posse, que Lula “está no coração de muitas pessoas pelo que já fez pelo Piauí e pelo Brasil”. Ele, no entanto, afirmou que procurará o diálogo com o presidente Jair Bolsonaro.

“Certamente o Presidente da República vai priorizar a segurança, então vamos participar. Vamos nos integrar com o governo federal. Inclusive já acertamos para fevereiro uma agenda que eu apresentei na reunião do Fórum dos Governadores. Eu quero dizer é que nós vamos pleitear em todas as áreas e temos uma bancada federal a exemplo que fizemos com a presidenta Dilma e o presidente Temer, vamos trabalhar com o presidente Jair Bolsonaro”, ressaltou. 

O petista voltou ainda a tratar sobre a eleição para a presidência da Assembleia Legislativa do Piauí, que ocorre em fevereiro. “Primeiro vou registrar uma outra visão, eram seis candidatos, atualmente estamos com dois que fazem parte do time que estivemos juntos em uma campanha que tradicionalmente a gente chama de base de apoio. Será com diálogo, eu já fiz parte dessa Casa, normalmente é através do diálogo que se chega ao entendimento”.

Wellington relembrou que na eleição de 2016, houve o consenso e Themístocles Filho foi candidato único. “Em 2016 entramos no diálogo e o deputado Themístocles foi candidato único, então acredito sim na capacidade de diálogo desta Casa, o lado bom é que eu percebo que tem muita maturidade de quem é governo e de quem é oposição, porque é um ato interno da casa, nós estamos falando aqui da mesa diretora, quem é que vai coordenar os trabalhos, cada parlamentar tem sua autonomia, sua liberdade, seus projetos e precisa de uma mesa que vai garantir o funcionamento das sessões, das comissões que vai fazer, o gerenciamento e a parte política da instituição Assembleia Legislativa, então o que eu devo dizer é que acredito que temos aqui uma maturidade muito grande, um bom entendimento e isso vai acontecer”, declarou.

 Dias falou da reforma administrativa que o Estado vai passar em fevereiro e elencou a Previdência como o grande desafio de sua gestão. “Ela é uma reforma [administrativa] que vai além e aliás tem uma equipe que está cuidando desde o ano passado sobre o compromisso, as metas que temos para cada área, cito o exemplo o desafio do déficit da previdência, então é uma área que nós precisamos ter ali organograma capaz de dar conta, de cuidar já no planejamento de quem vai se aposentar primeiro, cuidar da parte de aposentados e pensionistas, apresentar sugestões e propostas que possam garantir cada vez mais um equilíbrio, nós estamos acostumados ao equilíbrio na previdência no Brasil inteiro, com a contribuição patronal, a contribuição laboral e as aplicações do fundo da previdência quando tem”. 

“O que estamos apresentando é algo diferente, eu defendo para o Brasil as condições do que eu chamo de uma terceira receita, que veio por exemplo de patrimônio que o estado tem como terras, prédios, muitas vezes abandonados por devido uso. Para cuidar de previdência vamos ter que ter alguém que vá cuidar desse fundo mobiliário que a assembleia já aprovou. Um fundo de recebíveis é outro caminho também que estamos apresentando, porque em tese se o Piauí não tivesse o déficit da previdência, nós teríamos fechado esse ano com R$ 1 bilhão a mais para investimentos, então o problema é grande e a necessidade de ter uma estrutura adequada ao tamanho do problema”, continuou Wellington. 

O governador do Piauí afirmou que vai fazer uma ampla reforma na segurança pública. “No caso da segurança, nós vamos fazer uma grande modificação, nós estamos acostumados em um modelo que tem comando de Polícia Militar, o delegado geral, as delegacias, as Polícias ostensivas cuidando das investigações. Vamos organizar um modelo que integre para valer todo o sistema, com o judiciário, o executivo, o Ministério Público, a defensoria e a sociedade, vamos ter um modelo centrado em três colunas, em crimes de alto risco, médio risco e baixo risco, em lugar nenhum do Brasil tem isso, por isso que não é uma coisa simples, mas já tem em muitos lugares do mundo, temos uma parceria com o Canadá que se dispôs desde 2017 a estar nos ajudando”, declarou. 

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Biografia

José Wellington Barroso de Araújo Dias nasceu em Oeiras e entrou para a vida pública em 1992, quando foi eleito vereador de Teresina. Em 1994 foi eleito deputado estadual, em 1998 deputado federal e em 2000 tentou a prefeitura de Teresina como vice na chapa de Francisca Trindade. 

No ano de 2002 Wellington foi eleito governador do Piauí pela coligação ‘A Vitória que o Povo Quer’, derrotando o então governador Hugo Napoleão. Em 2006 o petista foi reeleito. No ano de 2010 Wellington Dias foi eleito senador com 997.513 votos. Em 2014 renunciou ao mandado e concorreu novamente ao governo do estado, saindo vitorioso no primeiro turno. Em 2018 o petista se reelegeu novamente governador do Piauí no primeiro turno.

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Com informações GP1