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Nesta quinta-feira, 27, o ex-governador Wilson Martins (PSB), afirmou que nos próximos dias vai ajuizar uma ação de impugnação de mandato eletivo contra a coligação majoritária "A vitória com a força do povo", que foi encabeçada pelo governador reeleito Wellington Dias (PT).

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Derrotado na disputa pelo Senado Federal, Wilson afirma que seu grupo político conseguiu amealhar provas suficientes de que os candidatos da chapa governista foram beneficiados por práticas que podem ser caracterizadas como abuso do poder político e econômico.


Wilson afirma que a chapa de Wellington, Marcelo Castro e Ciro Nogueira teria sido favorecida pelo uso da máquina administrativa tanto do Governo do Estado quanto do Governo Federal, e citou, especificamente, o repasse de recursos federais ao estado por meio do Ministério da Saúde.

"O Piauí recebeu R$ 180 milhões de uma rubrica [Ministério da Saúde] que foi aparelhada no final do ano passado. Pernambuco tem três vezes o número de habitantes do Piauí e recebeu R$ 33 milhões. A Bahia tem mais de quatro vezes [a população do Piauí], o Ceará tem quase três vezes, e receberam um quinto do que recebeu o Piauí nessa rubrica [...] Então, eu tenho a esperança de que essa chapa majoritária será cassada, ou, se não, será muito desgastada, porque nós temos provas robustas nessa grande ação, que estou assinando junto com o Robert Rios e com o Luciano Nunes", afirmou Wilson, durante evento organizado pelo PSC e que reuniu várias lideranças da oposição.

A Constituição Federal estabelece que o mandato eletivo poderá ser impugnado ante a Justiça Eleitoral no prazo de quinze dias contados da diplomação. O prazo, portanto, encerra no dia 1º de janeiro, já que no Piauí a diplomação foi realizada no dia 17 de dezembro.
O deputado estadual Luciano Nunes (PSDB), que disputou o Governo do Estado, também considera que ficou evidente o uso da máquina durante a campanha deste ano.

Segundo o parlamentar, os candidatos ao governo que foram derrotados no pleito de outubro mantêm forte a ideia de formar "uma frente de oposição", que seria liderada pelos principais candidatos ao governo que foram derrotados no pleito de outubro: Valter Alencar (PSC), Dr. Pessoa (Solidariedade), Elmano Férrer (Pode), Fábio Sérvio (PSL) e o próprio Luciano.

A primeira grande investida da frente de oposição será justamente a ação de impugnação de mandato eletivo.

"Nós não podemos ficar omissos diante dos acontecimentos. Nos cabe, diante dos fatos e das documentações que recebemos, encaminhar para o Ministério Público e para os nossos advogados, para eles tomarem as medidas cabíveis", afirmou o tucano, terceiro colocado na disputa pelo Palácio de Karnak.

Mesmo sendo Elmano o único dos candidatos derrotados ao governo que continuará com mandato eletivo, Luciano acredita que a frente de oposição se manterá fortalecida ao longo dos próximos anos.

"Nós vamos traçar estratégias, vamos nos reunir com frequência e buscar ações de uma oposição efetiva, ao longo desse mandato, fiscalizando e cobrando as ações do governo", acrescenta Luciano.

O deputado disse, ainda, que pretende continuar filiado ao PSDB, e que fará um trabalho para fortalecer a sigla no estado.

 

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