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Os médicos do município de Teresina paralisaram suas atividades nesta segunda-feira (25), por mais uma vez. A nova advertência acontece hoje e amanhã (26), deixando os atendimentos clínicos e ambulatoriais parados e serviços de urgência e emergência limitados.

A paralisação é coordenada pelo Sindicato dos Médicos do Piauí (Simepi) que vem mobilizando a categoria desde o mês de maio, a fim de chamar atenção dos gestores públicos sobre as condições em que os médicos, demais profissionais da saúde e a população vivenciam diariamente nos hospitais e Unidades Básicas de Saúde na capital.

“Iremos reduzir o número de médicos nas urgências e emergências durante os dois dias de paralisação, dentro do que a Lei nos permite, sem colocar a população em risco. Os gestores não estão reagindo ao que estamos reivindicando. É preciso que entendam que a situação está muito grave e que não se deve virar as costas para tudo que estamos denunciando. Ao invés de se omitir, é necessário sentar e negociar”, comentou Samuel Rêgo, presidente do Simepi.

De acordo com o Simepi, as denúncias como à falta de segurança nos locais de trabalho, equipamentos quebrados, medicamentos básicos e essenciais para o tratamento dos pacientes, sobrecarga de trabalho e profissionais insuficientes ocasionaram uma série de fiscalizações nos hospitais municipais, comprovando in loco o teor de tudo que os profissionais vêm relatando.

Nesta terça-feira, dia 26 de junho, os médicos realizarão uma nova Assembleia Geral Extraordinária na sede do Sindicato dos Médicos do Estado do Piauí, às 19h, para analisar e decidir o novo rumo do movimento.

MPPI e MPF

Representantes do Simepi se reuniram com o Procurador de Justiça Eny Marcos Vieira Pontes para discutir a atual situação em que se encontra a saúde pública em Teresina, pelo âmbito dos profissionais da área e da população.

Eny Marcos Vieira Pontes explicou sobre a ação da promotoria em relação aos casos que já vem acompanhando. “Nosso trabalho é focado nas demandas coletivas e individuais, priorizando as coletivas por sua abrangência. Dentro dessas demandas coletivas, temos diversas ações judiciais e procedimentos administrativos. Estamos aguardando o posicionamento do poder judiciário em relação a demandas importantes, como ações civis públicas referentes a alguns setores do Hospital de Urgência de Teresina e hospitais de bairro. Houve um avanço. Em relação ao diálogo realizado com o poder judiciário, está sendo possível a realização de audiências de composição com o gestor de saúde pública do município. Com isso, esperamos que essas composições sejam realizadas e cumpridas, para a melhoria da estrutura e da prestação de serviço público de saúde em Teresina”, comentou.

O Sindicato dos Médicos do Estado do Piauí, já no Ministério Público Federal,  durante a manhã do dia 21 de junho, esteve em reunião com Tranvanvan da Silva Feitosa e Kelston Pinheiro Lages, Procuradores da República do Ministério Público Federal (MPF), para discutir e apresentar problemas relacionados ao caos na situação da saúde pública no município de Teresina, em relação ao atendimento dos pacientes do Sistema Único e Saúde (SUS).

Após os promotores ficarem cientes das denúncias recebidas pelo Simepi, haverá a tentativa de um novo canal de comunicação com gestores da saúde público no município.

 

cidadeverde