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O Piauí possui cerca de 150 municípios situados na região do Semiárido. Nessas áreas, os índices pluviométricos são muito baixos. Desse modo, o Governo do Estado do Piauí vem investindo em políticas para reduzir os impactos da estiagem. Uma destas ações foi a implantação do Programa Água Doce, uma iniciativa do Governo Federal coordenado pelo Ministério do Meio Ambiente. O objetivo é beneficiar com a dessalinização de águas salobras ou salgadas cerca de 26 mil pessoas no Semiárido piauiense.

 

O intuito do programa é permitir que as comunidades tenham acesso à água de boa qualidade para o consumo humano. Através do programa, serão instalados 67 sistemas de dessalinização da água encontrada nos lençóis freáticos. Serão beneficiados 20 municípios com as situações mais críticas e a instalação do sistema é realizada de acordo com a necessidade de cada uma das localidades.

 

 

A prioridade de instalação dos dessalinizadores é definida através dos seguintes dados: menores Índices de Desenvolvimento Humano (IDH), altos percentuais de mortalidade infantil, baixos índices pluviométricos e a dificuldade de acesso aos recursos hídricos. A partir desses dados é elaborado o cruzamento de informações e, posteriormente, estabelecido o Índice de Condição de Acesso a Água (ICAA).

 

Para Edison Falcão, coordenador estadual do programa Água Doce, esta é uma iniciativa de suma importância. “Esse programa é muito importante para essas regiões, através deste, essas famílias têm a oportunidade de acesso a água potável, além de melhorar a saúde nessas regiões, pois a água salinizada aumenta a incidência de doenças como, por exemplo, cálculo renal”, afirma.

 

Sistemas de Dessalinização de Água Subterrânea

 

A água subterrânea salobra ou salina é captada por meio de poço tubular profundo e armazenada em um reservatório de água bruta. Em seguida, essa água passa pelo dessalinizador.

 

A água dessalinizada é armazenada em um reservatório de água potável, para distribuição à comunidade, e o concentrado armazenado em um reservatório para ser encaminhado aos tanques de contenção e evaporação. De acordo com a região e a qualidade química do concentrado, parte do efluente pode ser utilizada em cochos para dessedentação animal.

 

No sistema de produção integrado são realizados os mesmos procedimentos do processo simplificado e, posteriormente, o efluente concentrado é utilizado para o cultivo de tilápia. E num terceiro momento, o concentrado oriundo da criação de peixes, rico em matéria orgânica, é utilizado para a irrigação da planta Atriplex Nummularia, conhecida popularmente como erva-sal. A planta é utilizada para a produção de feno, sendo assim uma fonte de alimentação de ovinos e caprinos.

 

 

Além de produzir água potável para as comunidades, o programa proporciona ainda o aproveitamento econômico dos concentrados resultantes do processo. Melhorando assim a qualidade de vida da população e reduzindo os impactos ambientais. “Para a execução dessas atividades serão realizadas capacitações voltadas para a fabricação de feno, operação de dessalinizador e piscicultura”, afirma Edison Falcão.

 

govpi