Enquanto os deputados e os senadores do Piauí viajam para o Estado para manterem suas bases e participarem dos mais diversos eventos, mais especificamente em ano eleitoral, outro piauiense de Floriano, Francisco de Assis Lima de Carvalho, de férias do trabalho, prefere ficar na capital do país e defender o que considera uma causa justa.
Ao blog “Piauí no DF”, Francisco relatou que é um defensor das causas sociais. Conhecedor dos diversos projetos de leis aprovados e que tramitam no Parlamento, ele se diz entusiasta e defensor do Piauí. Assis que é conhecido por todos os parlamentares do Piauí, já trabalhou no Ministério da Justiça, atualmente em uma empresa de importação, tem segundo ele, contribuído com a elaboração de projetos que beneficiam o seu Estado. Neste período de férias, Francisco optou por se prostrar diante do Supremo Tribunal Federal, onde munido de um banquinho, bandeira do Brasil e camiseta preta com e boné com imagens da bandeira do Piauí, Francisco chama atenção do país, e principalmente dos representantes piauienses para a divisão dos royalties do petróleo, motivo de calorosas discussões em 2013, na Câmara dos Deputados e Senado Federal.
Mesmo sentindo otimista com as melhoras apresentadas pelo Piauí, Francisco alerta que coisas melhores poderiam ser conseguidas se houvesse maior empenho das autoridades. A bandeira que levanta: “Pré-sal, divisão dos royalties já. Piauí” foi embargada no ano passado pela a ministra Carmen Lúcia, do STF, que suspendeu em caráter liminar, os principais dispositivos da nova lei de distribuição de royalties, ao atender pedido do governador do Rio de janeiro, Sérgio Cabral, na ação de inconstitucionalidade (Adin 4.917). Prestes a completar um ano e o tema não voltou a pauta do Supremo, o deputado Marcelo Castro (PMDB-PI), declarado candidato ao governo do Piauí, tem abraçado a causa e diz que pedirá ao presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) para que cobre uma posição da ministra.
O piauiense, flolrianenses Assis, deixou claro que o motivo de sua manifestação não teve imposição política, sua causa é mais nobre, é social. “Estou aqui defendendo a bandeira do Piauí. Conversei com vários parlamentares da bancada do Piauí, os 10 deputados federais, os três senadores e disse a eles que estava fazendo este trabalho para ajudar o nosso Estado. Inclusive quero deixar bem claro, nenhum politico me auxiliou para que eu viesse aqui. Eu fiz voluntariamente”, justificou.
A causa de Francisco que notadamente deveria ser de todos os brasileiros, isso por haver no pré-sal, destinação de 75% dos royalties do petróleo para educação e 25% para a saúde. Isso publicado no Diário Oficial da União de setembro de 2013.
Em ano eleitoral onde ressurgem vários personagens estrelando mais especificamente nos mais longínquos rincões do país, onde muitos ainda vivem despercebidos do atual conceito da política, alguns se aventuram a propor medidas que nunca irão cumprir. Outros inventam ou aproveitam oportunidades para levantar bandeiras. Talvez bandeiras diferentes da defendida por Francisco.
Perguntado sobre a visita de Dilma esta semana ao Piauí, o florianense disse que os representantes perderam a oportunidade de reivindicar medidas mais urgentes para o Estado ao invés de se contentarem com tratores e escavadeiras. Ele faz um convite. “Gostaria de convidar o pessoal do Piauí, principalmente os prefeitos, todos dos 224 municípios para virem a Brasília se manifestar. Fiquem aqui em frente ao STF ao menos meia hora. Mostre a sua forma de cobrar de como estamos no prejuízo em relação essa divisão do pré-sal”, disse ao se referir as dificuldades enfrentadas pelas prefeituras. O Piauí receberia cerca de R$ 300 milhões a mais por ano com as novas regras de divisão dos royalties.
Piaui no DF