Foi lembrado com uma mobilização nessa sexta-feira, 18, o Dia Nacional da Luta Antimanicomial em Floriano-PI. Por vários dias, diversas atividades foram desenvolvidas pelos profissionais que atuam no projeto que envolve um grande número de pacientes, alguns que viviam perambulando pelas ruas da cidade. Uma das profissionais envolvidas no trabalho é Geraldina Leite Soares que numa entrevista ao piauinoticias.com fez alguns esclarecimentos.
De acordo com ela, o lema que vem sendo trabalhado no projeto está dirigido a uma sociedade sem manicômio, ou seja, visa a inserção social e a assistência integral ao paciente. A data D desse projeto é dia 18 de maio e foi inserida no calendário nacional em 1987, explica Geraldina, que à época, afirmou, “era questionada a ação com o objetivo de proporcionar uma sociedade sem manicômio”.
A programação com os usuários dos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) foi iniciada na segunda-feira, 13, e de lá até o encerramento houve muitas ações. “Essas pessoas (pacientes) querem mostrar para que vieram e desejam saber que tem seus direitos. E no CAPS II de Floriano recebemos em media de 40 usuários por dia”, completou. Ela afirmou que existe uma equipe multiprofissional que diariamente está disponível para atender as pessoas que procuram os centros locais.
Entenda
O Dia Nacional da Luta Antimanicomial representa a luta de superação dos manicômios, da exclusão social e das formas de violação de direitos das pessoas acometidas por transtornos mentais e que fazem uso problemático de álcool, crack e outras drogas.
Com a implementação da Lei 10.216, em abril de 2001, foram alcançadas conquistas articuladas pelo Movimento da Reforma Psiquiatra Brasileira, entretanto, ainda há muito a ser utilizado no cotidiano das práticas na assistência em saúde mental, como o cuidado na perspectiva da autonomia e cidadania do sujeito, garantindo assim práticas antimanicomiais em serviços abertos e comunitário.
Da redação
IMAGEM: piauinoticias.com