A morte do gerente do BB de Miguel Alves, Edemyston Rodrigues Alves, ocorrida durante um assalto, mobilizou os debates na audiência pública na Assembleia Legislativa para discutir o descumprimento das leis que obrigam a utilização de equipamentos de segurança que garantiriam a vida de funcionários e clientes das agências bancárias e similares no Estado do Piauí.
A audiência foi convocada atendendo requerimento da deputada Flora Izabel (PT), autora das leis que torna obrigatória a instalação de dispositivos de segurança nas agências, postos de serviço, postos avançados de atendimento, bancos postais e loterias localizados no Estado do Piauí. Os trabalhos foram presididos pelo deputado Antônio Félix (PSD) e prestigiada pelos deputados Chico Ramos (PSB) e Joilson Rodrigues (PSB/imagem).
Primeira a falar, a deputada Flora Isabel fez um resumo de sua luta para garantir mais segurança no sistema bancário piauiense. Atendendo pedido do sindicato dos funcionários dos Correios, primeiro apresentou uma lei, já aprovada e sancionada pelo governador, em 2007, que obriga a colocação de equipamentos de segurança nos postos que funcionam como bancos postais.
Em seguida, em 2012, a pedido do sindicato dos bancários, apresentou e conseguiu a aprovação da lei número 6.168, de 02/02/2012, que exige o mesmo tratamento para as agências bancárias, destacando-se a colocação de um sistema de vigilância eletrônico que seria monitorado pelo aparato de segurança do estado.
Flora Isabel se disse satisfeita com a representatividade dos presentes – Polícias Militar, Civil e Federal, sindicatos. OAB e Ministério Público do Trabalho – mas lamentou a ausência e a forma como o Banco do Brasil tratou o convite para a audiência. O BB mandou um lacônico “Por conveniência e oportunidade” para dizer que não mandaria representante e a Caixa Econômica alegou falta de tempo para mandar o especialista do setor, que trabalha em Brasília. O responsável local estava doente, segundo comunicaram à deputada Flora.
Morte em Miguel Alves - De todos os debates e depoimentos um emocionou aos presentes com mais intensidade. A cunhada do gerente do BB morto na semana passada em Miguel Alves, Carlíria Lima Fumeiro, fez um desabafo em nome da família de Edemyston Rodrigues Alves, com questionamentos sobre as razões e a importância de sua morte para a solução de um problema que aflige todo o pais, que é falta de segurança e a omissão dos poderosos.
Carlíria contou que Edemyston avisou uma semana antes – através de documento à direção do BB – que estava sendo seguido por pessoas suspeitas e temia um assalto. “Ele confiou que as providências seriam tomadas. Imaginou que as providências garantiriam a vida de funcionários e clientes do banco. No dia de sua morte tudo ficou claro quanto à preocupação da direção do banco. A barreira policial matou os assaltantes e recuperou as sacolas de dinheiro.”
Também falaram na audiência, que durou mais de duas horas, o presidente di sindicato dos bancários, José Ulysses; ao diretor do sindicato dos Correios, Flávio; o representante das casas lotéricas,. Raimundo Oliveira; deputado Chico Ramos; o superintendente da Polícia Federal no Piauí, Nivaldo Farias e os representantes das polícias militar e civil.
Alepi