Marina Silva, pré-candidata à Presidência da República pela Rede Sustentabilidade, cumpriu vasta agenda em Teresina no último fim de semana. A presidenciável concedeu coletiva à imprensa na noite deste domingo (14).
Temas como economia, corrupção e campanha política marcaram o evento. Marina tem dito que sua campanha será “franciscana” e chegou a dizer que será como “David contra Golias”.
“Eu já estou oferecendo a outra face, para a campanha milionária, com dinheiro do orçamento público, em prejuízo da saúde, da educação, daqueles que não são atendidos quando precisam de uma consulta, eu faço uma campanha pé no chão, pegando avião, muitas vezes acordando 4h da manhã para pegar voo mais barato, me hospedando na casa de amigos, eu estou muito tranquila, nessa campanha eu quero oferecer para ódio a outra face”, afirma.
Possível aliança com PSDB ou PT
A respeito de sua candidatura, a ex-ministra do governo Lula rechaçou qualquer possibilidade de aliança com algum nome do PT.
“Eu sou um projeto independente, eu saí do governo em 2008, no momento em que ele estava em alta e saí do Partido dos Trabalhadores 2009 porque percebi que haviam muitas coisas erradas estavam acontecendo, então isso não tem cabimento, nosso diálogo é com os partidos que estivemos juntos em 2014”, afirmou.
Uma possível aliança com os tucanos também foi descartada por Marina. Segundo ela, notícias falsas já estão sendo disseminadas com o intuito de prejudicar a sua candidatura.
“Já começaram a fazer o que fizeram em 2014, quando houve um programa de mentiras espalhadas na TV e no rádio para descontruir a minha campanha e a gente quem ganhou mentindo e depois levou o Brasil para o buraco, e já estão fazendo a mesma coisa, a minha candidatura é uma realidade e foi decidida no congresso da Rede Sustentabilidade. As fake News não foram inventadas pelo Trump, as fake news foram inventadas pela Dilma e pelo João Santana e agora já estão fazendo a mesma coisa”, disse.
Apoio a Aécio Neves
Sobre ter declarado apoio ao senador Aécio Neves no segundo turno das eleições presidenciais em 2014, Marina afirmou que nem ela e nem o povo brasileira sabiam que o senador estava envolvido nas investigações da Operação Lava Jato.
“Na época nem eu e nem o povo brasileiro sabiam que o Aécio estava envolvido em graves problemas de corrupção no âmbito das investigações que foram trazidas pela Operação Lava Jato, se fosse hoje jamais teria apoiado. Tenho certeza de que muitos que votaram na Dilma ou no Aécio jamais votariam de novo, então não tenho nenhum compromisso com quem tem erro. O estranho é que o Partido dos Trabalhadores tenha assinado uma carta contra o afastamento do Aécio Neves quando o Supremo Tribunal pediu para que ele fosse afastado, eu ao contrário, encaminhei através do meu partido, o Senador Aécio ao conselho de ética”, declarou.
Bolsonaro 2018
Questionada sobre o crescimento do deputado federal Jair Bolsonaro (PSL), a pré-candidata preferiu não tecer comentários a respeito da postura de Jair, mas deixou claro que teme o seu discurso.
“Eu temo por candidaturas que mobilizam as pessoas para ao invés de juntá-las a favor do que é bom para o Brasil, para ser contra alguma coisa, eu quero é construir o Brasil e se for para ir para o segundo turno, eu estou preparada para ir com quem quer que seja, a gente não escolhe quem vai para o segundo turno com a gente, quem escolhe é o povo brasileiro”, afirma.
Sumida
Ao rebater o discurso recorrente de um possível afastamento e posicionamento seu em relação a temas relevância no país (há quem diga que ela só aparece de quatro em quatro anos), Marina Silva voltou a dizer que isso é uma tentativa de desconstruir sua campanha.
“Eu realmente estou sumida, das páginas policiais. Eu me posiciono em todos os momentos, quem acompanha o meu trabalho sabe que o tempo todo eu defendi a cassação da chapa Dilma-Temer, nas minhas redes sociais tem posicionamento todo dia”, declara.
Rede no Piauí
A presidenciável avaliou como positiva a pré-candidatura de sua sósia, a irmã Graça, ao governo do Estado do Piauí. Marina afirmou que a história de vida da irmã é parecida com a sua.
“Eu fiquei muito feliz com o trabalho que ela realiza, me identifiquei muito, é uma mulher forte, corajosa, fiquei muito emocionada com a história dela, é motivo de muito orgulho para mim aqui no Estado. Ás vezes os últimos são os primeiros e os pequenos sempre surpreendem como David (da história bíblica)”, afirmou.
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