O senador Ciro Nogueira (PP) e a mulher dele, a deputada federal Iracema Portella (PP), irão continuar na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Cachoeira. O presidente da comissão, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), negou ontem um pedido do senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) para que os parlamentares avaliassem a presença de Ciro e Iracema na investigação feita pelo Congresso Federal.
Randolfe considera “incompatível com qualquer investigação o investigador ser amigo do investigado”. Os dois admitiram que se encontraram com o empresário Fernando Cavendish, ex-diretor da empresa Delta Construções, durante a Semana Santa, em Paris.
A Delta é apontada pela Polícia Federal como integrante da organização criminosa comandada pelo empresário goiano Carlos Augusto de Almeida Ramos, o Carlinhos Cachoeira, preso desde fevereiro por exploração ilegal de jogos de azar, corrupção, tráfico de influência, escutas ilegais e outros crimes. “Embora o senador e a deputada admitam manter relação de amizade com Fernando Cavendish, não há prova de que seja amizade íntima”, disse o presidente ao negar o pedido.
Sávia Barreto