Com a confirmação do líder do PR de que estará na Comissão de Segurança Pública da Câmara, o deputado Federal Capitão Fábio Abreu já tem preparado uma ação na próxima semana, quando retoma o mandato em Brasília.
“Meu primeiro ato será pedir a suspensão da intervenção federal no Rio de Janeiro através de um requerimento. O país tem debatido segurança pública, mas de forma equivocada. Observe que a intervenção não reduziu crimes, policiais e cidadãos sendo mortos por grupos que continuam exibindo fuzis pelas ruas. Enquanto isso, o país está parado”, reclama.
De fato, uma pesquisa divulgada ontem pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública/Datafolha confirma que 76% da população, apesar de apoiarem a intervenção, diminuíram a confiança na mesma proporção em que o tempo passa e a violência não diminui.
“No caso dos roubos de cargas, de veículos, a pedestres e em ônibus, são os mais altos desde 1991, quando começou a ser feita a série histórica. Também foi recorde a quantidade de roubos de celulares e a caixas eletrônicos”, segundo publicou O Globo.
Dados como estes devem subsidiar o deputado Fábio Abreu que, afirma que a intervenção federal está prejudicando o andamento de matérias importantes para a segurança pública no Congresso e, consequentemente, impede investimentos no restante dos Estados.
“É importante que alguns projetos possam passar pelo Congresso, mas não avançam porque nenhuma PEC (Proposta de Emenda a Constituição) pode ser aprovada quando temos uma intervenção. Precisamos que matérias como Fundo Nacional de Segurança Pública. Se aprovado, esse FNSP só passa a valer no próximo ano. Com a intervenção só vai funcionar em 2020, um prejuízo enorme para os demais Estados”, explicou.
Capitão Fábio Abreu lembrou que o Fundo Nacional, caso aprovado, deve incrementar em torno de R$ 300 milhões/ano para o Piauí. O recurso, segundo ele, poderá ser utilizado não apenas para aparelhamento e aumentar efetivo, mas também para melhoria salarial das policiais civil e militar, além do Corpo de Bombeiros.
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