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A expansão do agronegócio já é uma realidade no Cerrado piauiense. Prova disso é que nos últimos meses vários investidores nacionais e internacionais têm demonstrado interesse na região, apresentando propostas de instalação de empresas. No entanto, muito mais do que implantar novos negócios em terras piauienses, o Governo do Estado aposta na industrialização como forma de agregar valor ao que é produzido no Piauí, deixando de ser somente um fornecedor de matéria-prima.

Dentre os investimentos feitos no setor está a consolidação do Polo de Produção de Proteína Animal, localizado na região de Uruçuí, a 453 Km da capital, destacando-se no ramo da produção de grãos. Segundo Jorge Lopes, coordenador de Projetos Estratégicos do Governo do Estado, a proposta do governador Wilson Martins visa agregar valor à produção dos Cerrados do Piauí, industrializando a sua própria produção.

“Há uma expectativa grande por conta da necessidade mundial de alimentos, visto que o consumo médio da humanidade aumentou. A expectativa é que o Piauí ajude o Brasil a suprir a crescente demanda mundial de alimentos”, visualiza o coordenador, ao comentar sobre o desenvolvimento de uma produção sustentável em terras piauienses. “Teremos uma produção que agrega responsabilidade sustentável. Inclusive, a nossa lei ambiental estadual estabelece que além dos 20% exigidos como área de reserva legal, a lei prevê um acréscimo de mais 10%, totalizando 30% de reserva legal”, ressalta Jorge Lopes.

O Grupo Tomazine, por exemplo, já atua na região de Uruçuí e quer ampliar seus negócios, investindo cerca de R$ 600 milhões para implantar um moderno complexo agroindustrial verticalizado. No Piauí, essa estrutura será composta por uma fábrica de rações; armazéns gerais, grupos de matizes e frangos de corte; incubatório e a fábrica esmagadora de soja.

O Grupo Guaraves Alimentos foi outro que apostou no Piauí, instalando-se na região de Uruçuí. O empreendimento visa o abate de cerca de 200 mil frangos por dia e contará com uma unidade de armazenamento de grãos e secadores pré-limpeza para armazenar 400 mil sacas, que posteriormente terá capacidade para armazenar 1 milhão e 200 mil unidades. Em fase de implantação, o projeto deve ofertar cerca de 1.200 vagas de trabalho. Para tanto serão investidos aproximadamente R$100 milhões.

A empresa Agropecuária Lavoro é outro exemplo. Serão investidos cerca de R$ 26 milhões numa fábrica de rações, incubadora e abatedouro, com capacidade para 40 mil aves e disponibilização de 84 granjas. Esse projeto será desenvolvido com a integração por meio do programa de incentivo à agricultura familiar, e a previsão é gerar 500 empregos direitos.

Apesar dos investimentos serem direcionados para o interior, a capital piauiense também sente os reflexos da expansão do agronegócio no Estado. A Companhia de Alimentos do Nordeste (Cialne), por exemplo, vai investir cerca de R$ 27 milhões em um frigorífico em Teresina, que contará com cerca de 730 colaboradores. “A atração desses novos investimentos é consequência da confiança no poder público, além da infraestrutura que está sendo desenvolvida em todo o Piauí, a qual permite um melhor escoamento da produção”, explica Jorge Lopes.

Possibilidades de crescimento

Além do agronegócio, o Piauí também apresenta boas perspectivas para outros setores de investimento, a exemplo da área mineral.  Dentre as possibilidades estão: O Polo Petroquímico, com 13 dos 20 lotes existentes na bacia do Parnaíba, com perspectiva de produção de gás e petróleo; a exploração de ferro na região de Paulistana, que coloca o Piauí como um dos três sítios ferríferos do país; bem como o polo de níquel em Capitão Gervásio Oliveira.


Piaui.pi.com