Mais uma vez, o Portal Encarando recebeu denúncias que expõem o uso da máquina pública para sustentar lideranças políticas do interior do Piauí, por meio do pagamento de DAS, gratificações e contracheques, sem qualquer comprovação de exercício funcional.

Desta vez, o caso envolve uma família inteira da cidade de Floriano, município localizado a cerca de 240 quilômetros de Teresina, oficialmente lotada na capital e vinculada à Secretaria de Educação do Estado.
Constam nos registros oficiais de pagamento Maria da Guia Lima de Carvalho, ex-vereadora em Floriano, seu esposo Edgar Fernandes de Carvalho, tambem ex-vereaor, e o filho do casal, Braynner Brighell Lima de Carvalho.
Os três recebem salários mensais entre R$ 4 mil e R$ 5 mil, além de DAS e gratificações, com carga horária registrada de 40 horas semanais, apesar de não exercerem atividades funcionais conhecidas.
Os dados públicos são objetivos:
• todos estão lotados em Teresina;
• todos residem em Floriano;
• não há descrição clara das funções;
• não há registro de local de trabalho, produtividade ou presença.
Na prática, trata-se de contracheques pagos sem trabalho, um modelo que já havia sido denunciado pelo Portal Encarando.
Em matéria anterior, o portal revelou que o ex-vereador Maurício Bezerra e sua filha recebiam juntos quase R$ 20 mil mensais em contracheques do governo estadual, também sem atuação funcional comprovada. Agora, o mesmo padrão se repete — com um agravante ainda maior: uma família inteira mantida pela folha de pagamento do Estado.
Os casos não são isolados. Eles surgem em um contexto claro de antecipação do cenário eleitoral de 2026, reforçando a percepção de que o governo estaria transformando cargos, DAS e salários em instrumentos de fidelização política, irrigando bases eleitorais no interior com dinheiro público.
OUTRO LADO
Espaço em aberto para as manifestações das pessoas citada.
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