Entre outros processos a que responde, perante a Justiça, mas indiciado agora pela Polícia Federal (PF) no âmbito do inquérito que pauta uma tentativa de golpe de Estado detalhada em relatório com quase 900 páginas, o ex-mandatário neofascista Jair Bolsonaro (PL) ainda tem esperança de voltar ao Palácio do Planalto. Diz ele que conta com apoio internacional e deposita toda confiança em líderes da extrema direita, entre eles o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump.
Bolsonaro e Trump formam a dupla de extrema direita no continente americano
Inelegível até 2030 por decisão da Justiça Eleitoral, Bolsonaro também acredita que o apoio de Trump e a implantação de possíveis sanções econômicas por conta da gestão do presidente eleito dos EUA contra o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) serão alavancas potentes o bastante para evitar que seja preso, uma vez julgado culpado por liderar um golpe de Estado fracassado no 8 de Janeiro.
Em entrevista ao jornal nova-iorquino The Wall Street Journal (WSJ), nesta sexta-feira, Bolsonaro ressaltou que a eleição de Trump é uma “virada de jogo” para os políticos de direita, especialmente na América Latina, onde a esquerda venceu recentemente as eleições presidenciais no México e no Uruguai.
— Trump está de volta, e é um sinal de que nós também voltaremos — espera, referindo-se à sua possibilidade de retornar à Presidência em 2026.
Na entrevista, Bolsonaro revelou que ele e seu filho ’03′, o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), estão em constante contato com o novo governo dos EUA desde a vitória de Trump nas eleições de 5 de novembro.
— Fiquei acordado a noite toda torcendo pelo ‘Laranjão’ — resumiu, demonstrando total submissão a Trump.
Msn