Na terça-feira (19), no plenário da Câmara dos Deputados, o deputado Gilvan da Federal (PL-ES) e o senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS) protagonizaram uma discussão acalorada, sendo separados por seguranças. O motivo do desentendimento foi um suposto abraço entre Mourão e Flávio Dino, atual ministro da Justiça e Segurança Pública (MJSP) e futuro ministro do Supremo Tribunal Federal (STF).
O alegado contato entre Mourão e Dino teria ocorrido em 13 de dezembro durante a sabatina de Dino na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, relacionada à sua indicação ao STF. O abraço, criticado por Gilvan em um vídeo nas redes sociais, motivou uma tentativa de diálogo entre os envolvidos durante a sessão no plenário.
Segundo relatos, Mourão teria procurado Gilvan para discutir o assunto, contestando a versão apresentada no vídeo. O ex-vice-presidente afirmou que votaria contra a indicação de Dino e questionou a publicação do deputado, alegando que não havia fundamento nas críticas.
"Você foi vice-presidente do Bolsonaro"
O embate verbal ganhou intensidade quando Gilvan argumentou que Mourão, por ter sido vice-presidente de Bolsonaro, não deveria se associar a Dino, que, por sua vez, teria afirmado anteriormente que Mourão seria pior que assaltante de banco. A discussão levou a um acalorado intercâmbio de palavras e gestos acusatórios, culminando em um momento de tensão que exigiu a intervenção de seguranças presentes no local para evitar maiores conflitos.
Após o ocorrido, Gilvan expressou sua frustração com o que classificou como "traidores" que, segundo ele, foram eleitos na base de Bolsonaro e, posteriormente, viram as costas. Ele afirmou estar cansado dessas situações e ressaltou a abordagem de Mourão, que negou o abraço, como um dos pontos de tensão.
Até o momento, a equipe do senador Hamilton Mourão não se pronunciou sobre o incidente, deixando espaço para esclarecimentos adicionais.
Meio norte