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Boa parte das doações recebidas pelo progressistas através do senador Ciro Nogueira, que são questionadas pela Procuradoria-geral da República após depoimentos de colaboradores da JBS, teriam sido feitas através do Comercial Carvalho.

A PRG, no pedido de diligência enviado ao Supremo Tribunal Federal, explica que, segundo investigações preliminares, parte da propina paga ao partido do parlamentar foi viabilizada por meio de doações oficiais – simuladas – e outra parte no valor de R$ 5 milhões foi paga em espécie por meio de uma pessoa ligada ao senador, totalizando quase R$ 43 milhões. 

Do montante, os colaboradores informaram que R$ 2,8 milhões teriam sido retirados através do Comercial Carvalho, de um caixa formado pela JBS com a propina devida ao PT, por negócios feitos com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). A empresa chegou a guardar registros das movimentações.

Os valores vivos eram mantidos à disposição de aliados, em troca da ajuda dada pelo PT na expansão da JBS. E com o Progressistas, foi usado para obter apoio, primeiro em 2014, na campanha de Dilma Rousseff. Depois, para adiar a saída do PP da base do governo, evitando que a sigla agisse contra a ex-presidente durante o processo de impeachment – quando R$ 500 mil teriam sido entregues em espécie ao senador.

No mesmo inquérito, que culminou nesta sexta-feira (22) na deflagração da Operação Compensação, é investigado o ex-ministro da Secretaria de Comunicação da Presidência, Edinho Silva, hoje prefeito de Araraquara (SP), citado como encarregado pelo PT para tratar com a J&F sobre os pagamentos.

Colaborações de Joesley Batista e Ricardo Saud deram origem às investigações contra o senador

Colaborações de Joesley Batista e Ricardo Saud deram origem às investigações contra o senador. Fotos: Agência Brasil


Nesta tarde, o Grupo Carvalho se pronunciou sobre a operação, negando pagamentos ilegais. “Esclarecemos: Que a empresa JBS é fornecedora do Grupo Carvalho há mais de 20 anos; Que todos os pagamentos realizados foram e são feitos  em decorrência de fornecimento de mercadorias; Que todas as mercadorias são acompanhadas de suas respectivas notas fiscais; Que o Grupo já prestou todos os esclarecimentos aos órgãos competentes; Que o Grupo Carvalho permanece a disposição para colaborar com as investigações”.

 

 

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