Foi preso no último sábado, 01, em Piracuruca, o ex-companheiro da Maria de Lara Fernandes da Silva, encontrada morta às margens do Rio Parnaíba em Teresina. O mesmo foi identificado como Eduardo Pessoa Araújo e, no momento da prisão, deu o nome do próprio irmão para enganar os policiais.
Eduardo é o principal suspeito de cometer o crime. "As provas são claras e apontam que ele é o autor do crime contra a Lara", afirma o coordenador da Delegacia de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), delegado Francisco Costa - Barêtta.
"Ele mantinha um relacionamento amoroso com a Lara há mais de dois anos. Era conturbado porque ele é casado, tem filhos, e tinha essa relação. No dia 27 de outubro, véspera de eleição, ele saiu com ela (Lara) e a agrediu fisicamente. Ela chegou na casa da amiga, que estava hospedada, com a roupa rasgada e hematomas no corpo, disse que iria à delegacia fazer o registro, mas não foi. No outro dia, ela já estava com ele".
"Inclusive, ela sabia de algumas práticas criminosas dele. Exemplo disso é que quando ele praticou um furto em Parnaíba e, quando foi preso, ela estava com ele, mas conseguiu 'se safar' desse fato; ele estava com os documentos dela", acrescentou o delegado.
Segundo Barêtta, a delegada Luana Alves, da Delegacia de Feminicídio, deverá dar cumprimento ao mandado pela morte de Lara nesta semana, e irá interrogá-lo.
"Eu, particularmente, pela minha experiência ele poderá se dar o direito de ficar em silêncio ou, então, vai negar tudo, mas as provas que a delegada e a sua equipe levantaram são harmônicas e convincentes, colocando ele como autor do crime", disse o coordenador.
O suspeito permanece recluso na delegacia de Piracuruca, mas deverá ser transferido para o sistema carcerário.
"Onde ele está, em Piracuruca, não possui penitenciária. O sujeito fica preso na delegacia, mas eu já avisei que esse indivíduo não pode ficar na delegacia porque ele é perigoso até porque delegacia não é lugar de preso. Lugar de preso é na Casa de Custódia ou na Penitenciária. Então, o juiz da comarca de Piracuruca deve encaminhar para Parnaíba, Teresina ou Altos".
Ocultação de cadáver
Além do crime de homicídio, o suspeito poderá responder pelos crimes de ocultação e destruição de cadáver.
"Acredito que a delegada está analisando a possibilidade de indiciá-lo pela ocultação de cadáver porque ele coloca o corpo próximo ao rio, por pouco não desaparece por total. A intenção dele era essa: a ocultação e a destruição, que são dois crimes autônomos".
Revólver
Baretta relatou que o suspeito foi preso portando um revólver calibre 32. Essa arma será periciada para identificar se foi ou não usada na morte da jovem, que foi encontrada com um tiro na cabeça.
O corpo da Lara foi encontrado no rio Parnaíba, preso às margens, no dia 07 de novembro de 2018, próximo a um balneário na região da Santa Maria da Codipi, zona Norte de Teresina. Prisão em Piracuruca.
Baretta explicou que Eduardo Araújo é suspeito de praticar furtos em Piracuruca; de arrombar carros, casas e lojas. Eduardo foi abordado por uma equipe da Polícia Militar do município no último sábado (01).
"A Polícia Militar o abordou e ele estava com um revolver calibre 32 em um veículo celta, cor prata. Os policiais encontraram vários pertences das vítimas que ele tinha furtado. Por isso, foi autuado por furto e posse ilegal de arma de fogo". Também foi cumprido um mandado de captura porque ele era foragido da justiça. O crimes em que ele já responde não foram divulgados.
cv