Padrasto é suspeito de engravidar e violentar uma menina de 13 anos de idade. O caso ocorreu na região do bairro Satélite, na zona Leste de Teresina, e só foi denunciado porque a vítima, que está no 6º mês de gestação, relatou os supostos abusos sexuais a uma enfermeira.
"Ela contou que desde os 10 anos de idade era violentada pelo padrasto que ameaçava cortar o pescoço dela se contasse algo. O caso só foi descoberto porque ela contou o caso para uma enfermeira que contou à polícia e acionou o Conselho Tutelar", explica Djan Moreira, conselheiro tutelar.
Ele conta que a mãe da adolescente relatou que trabalhava o dia inteiro e não tinha conhecimento dos supostos abusos sexuais.
"Ela disse que não desconfiava de nada e também não sabia que a filha estava grávida. A mãe, a vítima e os irmãos tiveram que sair de casa como medida de segurança porque o suspeito continua solto e ligando para a mãe. O Conselho Tutelar acompanha o caso para que não fique impune", reitera.
A vítima está recebendo acompanhamento médico e psicológico e já manifestou a intenção de dar o filho para adoção.
Djan Moreira conta que o caso foi registrado na Central de Flagrantes de Gênero e que será investigado pela Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA). O conselheiro tutelar caracteriza o caso como "triste, vergonhoso e revoltante", mas infelizmente comum em Teresina.
"Infelizmente, 80% dos estupros ocorrem dentro de casa e são praticados pelo pai, padrastro, avô ou tio, ou seja, por aquelas que deveriam proteger, mas usam o poder deles como homem e como provedor da casa para praticar os abusos. O ECA diz que, nenhuma criança deve torturada ou sofrer algum tipo de violência, mas o que vemos todos os dias são crianças e adolescentes a mercê dessa violência", desabafa Djan Moreira.
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