A Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional Piauí, visitou, na manhã desta terça-feira (15), a Penitenciária Feminina de Teresina para buscar esclarecimentos sobre o falecimento de uma detenta que culminou em uma rebelião na última segunda-feira (14).
Segundo a diretora do presídio, Geracina Olímpio de Melo, o tumulto foi provocado por um grupo de detentas recém-chegadas de Parnaíba que protestaram contra a falta de atendimento médico à presidiária Anastácia Batista da Silva, grávida de três meses, que havia passado mal na cela. A diretora explicou também que o presídio acionou o SAMU, mas por conta da demora no atendimento, Anastácia foi levada ao hospital em uma viatura da polícia e, ao chegarem no local, a detenta veio à óbito.
O coordenador adjunto das Comissões Temáticas da OAB-PI, João Washington Melo, informou que a assistência médica na Penitenciária é precária, pois quando Anastácia passou mal havia somente uma técnica de enfermagem no local. O coordenador informou também que não existe atendimento de saúde no turno da noite e que as presidiárias reivindicam uma alimentação mais adequada e melhor atendimento médico.
De acordo com João Washignton Melo, a OAB-PI irá questionar a Defensoria Pública e as Secretarias de Justiça e de Saúde e cobrar junto às autoridades competentes a apuração detalhada do caso para que as devidas providências sejam tomadas.
Na ocasião, registrou-se a presença do conselheiro Seccional da OAB-PI, Antônio Wilson.
Fonte: Cabeça de Cuia