A delegada Marcela Sampaio, da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), informou que o caso da adolescente de 14 anos, que foi supostamente sequestrada e estuprada na semana passada no bairro Dirceu Arcoverde, zona Sudeste de Teresina, foi uma farsa.
A delegada descobriu onde a adolescente esteve ao meio-dia, contradizendo o que ela teria sido levada na saída do colégio. Segundo Marcela Sampaio, o matagal que ela teria indicado estava intacto e o barro que ela teria no corpo não condiz com a areia do local indicado por ela.
“O barro era preto, diferente do que a roupa dela apresentava, a mata fechada não tinha indícios de passagem de ninguém e também dava para ver a estrada. Tinha uma casa abandonada, mas também não tinham a levado para lá. A história começou a ficar estranha, mas ela continuou sustentando a versão até que encontramos uma testemunha que afirmou que a buscou no colégio e que ela havia almoçado na casa dessa testemunha no dia”, explicou Marcela Sampaio.
O exame feito na Maternidade Evangelina Rosa já havia indicado que a estudante não foi estuprada.
A justificativa dada pela adolescente à delegada foi de que ela havia perdido a virgindade e a mãe já estava desconfiada e por isso inventou essa história.
Marcela Sampaio vai encaminhar todo o trabalho realizado, por dias, à Delegacia do Adolescente Infrator porque ela irá responder um ato infracional. “Ela inventou tudo isso, fez a polícia trabalhar, investigar um crime que não existiu. Por isso vai responder por denunciação caluniosa”, destacou a delegada, que afirmou que os pais estão envergonhados com toda a situação.
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