Durante entrevista coletiva concedida na manhã desta segunda-feira, 17, os delegados da Polícia Federal do Piauí repassaram as informações sobre a apreensão de 52 kg de cocaína e 7kg de cafeína realizada no último sábado no aeroporto Petrônio Portela, na zona norte de Teresina. A droga foi encontrada em malas transportadas por dois homens e uma mulher.

 

 

As “mulas”, como são chamadas as pessoas que transportam droga de um lugar para outro, foram identificadas pelas iniciais A.M.O. e F.N.V.C (homens) e D.I.A.D (mulher). Eles foram presos ao desembarcar na capital piauiense. Segundo o delegado Ronaldo Prado, da Delegacia de Repressão aos Entorpecentes, a droga era trazida da cidade de Benjamim Constant, no Amazonas, e, pela grande quantidade, seria distribuída por todo o estado.

 

“A quantidade de cocaína é muito grande e aumentaria em quase o dobro após ser misturada com a cafeina. Acredito que daria para abastecer todo o Piauí” disse Ronaldo.

 

Para o delegado os traficantes que enviaram a droga acreditavam que, por o aeroporto de Teresina ser pequeno e não ser internacional, a fiscalização não seria realizada.

 

“Os traficantes ainda tem esse pensamento de que os aeroportos de pequenas capitais não estão preparados para realizar esta fiscalização e a droga ia passar desapercebida. Eles estão se aproveitando que estamos vivendo um momento d preparação para a copa do Mundo para despachar a droga para cidades não serão sede dos jogos. Só que aqui eles se deram mal” disse.

 

O delegado informou ainda que durante os depoimentos os presos admitiram que estavam trabalhando como “mulas”, que receberiam até R$ 12 mil pelo transporte, mas não quiseram informar quem enviou a droga e quem receberia.

 

“Eles disseram que não sabiam que iria receber a droga aqui em Teresina. Afirmaram que seriam contatados assim que desembarcassem no aeroporto e receberiam instruções” completou Ronaldo.

 

De acordo com o Superintendente da Polícia Federal do Piauí, Tarcísio Abreu, as investigações irão continuar com o intuito de descobrir a origem e os destinos desta droga.

“Acredito que o entorpecente estava sendo trazido para o nosso estado para ser distribuído durante o período carnavalesco” disse Tarcisio.

 

Os presos foram encaminhados à Casa de Custódia e Penitenciária Feminina da capital. Eles vão responder pelos crimes de tráfico de entorpecentes e por associação ao tráfico.

 

 

 

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