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quadrilAs delegacias de Oeiras e Inhuma e o Núcleo de Inteligência deflagraram às 6:00h de hoje, 14, a Operação Inhaúma, com o objetivo de desarticular uma quadrilha acusada de tráfico de drogas com atuação nos municípios de Inhuma, Valença e Picos. A operação está sendo comandada pelos delegados Wildson e Leandro Ferraz, da Delegacia Regional de Oeiras.

 

Até o momento, 12 pessoas foram presas, entre elas um italiano, de nome Fabrizio, que na sua residência foram encontrados 2,5 kg de maconha. Também já foram apreendidas 4 armas e drogas como: maconha, cocaína e crack.

 

 

Os 15 mandados de prisão e 15 de busca e apreensão foram concedidos pelo juiz Kelson Carvalho Lopes da Silva, da comarca de Inhuma. Trabalham na operação cerca de 60 policiais militares, rodoviários federais e civis de diversas unidades.quadrilha

 

Foram sete meses de investigação das Delegacias de Polícia Civil de Inhuma e Regional de Oeiras, em parceria com o 14º BPM/PI (Oeiras). Os crimes investigados são tráfico de entorpecentes e drogas afins, associação ao tráfico e formação de quadrilha.

 

A investigação partiu de denúncias anônimas. Descobriu-se uma extensa rede de traficantes atuando nas cidades de Inhuma, Valença e Picos. Segundo o delegado Leandro Ferraz entre os presos está um italiano. Com ele foram apreendidos 2,5kg de cocaína. "Possivelmente a prisão desse estrangeiro configure a existência de tráfico internacional de drogas”.

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Ainda segundo o delegado, surpreendeu a extensão da região de atuação da quadrilha.

 

A polícia continuará a investigação. "Vamos continuar a investigação e a gente quer oferecer ao Ministério Público a maior quantidade de provas possíveis",

 

Todos os presos serão levados para Picos e o delegado geral da polícia civil, James Guerra, concederá entrevista coletiva ao meio dia para esclarecer a operação.

 

A polícia irá transferir todos os presos para o presídio de Picos. Segundo o delegado Leandro Ferraz, foram expedidos 15 mandados de prisão e outros 15 de busca e apreensão. Todos estão sendo acusados de tráfico de entorpecentes. Cães da Polícia Rodoviária Federal estão sendo utilizados para farejar e encontrar drogas nos locais em que estão sendo cumpridos os mandatos de busca.

 

“Inhaúma” remete ao nome popular de espécie de pássaro cuja presença abundava nas primeiras décadas do século XX a margem direita do Brejo do Sossego, quando a cidade de Inhuma/PI foi deslocada para tal posição após o declínio da exportação de maniçoba.

 

VEJA COMO FUNCIONAVA O ESQUEMA DO TRÁFICO

 

Em Inhuma, identificou-se Lucas Rodrigues Pinheiro e o italiano Fabrizio Saldi como principais recebedores e distribuidores do entorpecente que circulava no município. Em posição imediatamente inferior na hierarquia do comércio ilegal, cabia a Aldenicio Domingos de Sousa (“CHIQUITITA”) fazer o intermédio entre os comandantes e diversos “aviões”, bem como diretamente a usuários (as).

 

Lucas Rodrigues foi preso em flagrante no mês de setembro por posse irregular de arma de fogo de uso permitido, sendo solto em seguida após pagamento de fiança.

 

Já Aldenício, “Chiquitita”, encontra-se preso na Comarca de Inhuma -PI por ter sido flagrado em 14/08/2013 praticando atividade de tráfico de drogas, tendo sido apreendido em seu poder cerca de 400 g gramas de cocaína. A prisão efetivou-se a partir de informações colhidas no curso do inquérito policial.

 

Um terceiro fornecedor de entorpecentes a Aldenicio (“CHIQUITITA”) é seu próprio irmão, Aldomir Domingos de Sousa, residente na cidade de Picos/PI.

 

ALDENICIO (“CHIQUITITA”), quando em liberdade, repassava a droga que recebia de LUCAS RODRIGUES, FABRIZIO e ALDOMIR a MARIA ADÁLIA DOS SANTOS SILVA (“ADÁLIA”) – proprietária da “Churrascaria Cristalo”, localizada às margens da BR-316, onde comercializava o entorpecente –, “CICINHO” – comerciante do ramo de bebidas estabelecido na cidade de Inhuma –, LUIS CARLOS DOS SANTOS (“MANIM DA BOA NOVA” ou “MANIM”), ARAMICIO DA SILVA, FRANCIONE PEREIRA DE SOUZA – que também se abastecia de entorpecente diretamente com LUCAS RODRIGUES – e FRANCISCO JOSE FERREIRA (“CHICO ZÉ”) – preso em 22 de agosto de 2013 com 40 (quarenta) papelotes de cocaína, igualmente fruto do trabalho desenvolvido no decorrer do procedimento apuratório. “CICINHO”, por sua vez, disponibilizava entorpecente vendido a usuários (as) por FRANCISCO DAS CHAGAS MORAES SALU (“CHAGUINHA”), figurando nos antecedentes criminais deste último acusações de estupro e tentativa de dano.

 

Ainda entre os acusados de exercerem o comércio ilegal de entorpecentes em Inhuma, está RODRIGO BARBOSA DOS SANTOS . Conta em seu histórico criminal com quatro processos pela prática de diversos delitos: furto qualificado, crimes de trânsito e receptação. Seu irmão, ROBSON BARBOSA DOS SANTOS, foi preso em flagrante no dia 28 de agosto de 2013 – igualmente como resultado das investigações – quando provinha do estado de São Paulo em ônibus clandestino e tentava ingressar em Inhuma com mais de um quilo de maconha. Antes disso, ROBSON já respondia a processo pela prática do crime de trânsito. Já FABRÍCIO FERREIRA DA SILVA recebia droga possivelmente proveniente de outros estados e a repassava a VALDIRAN SILVA DE SOUSA. VALDIRAN exerce a atividade lícita de moto-taxi, a qual utilizava para escamotear a venda de entorpecentes.

 

Articulação com Valença

 

Por outro lado, o grupo da cidade de Valença articulava-se com traficantes de Inhuma, de quem recebia a droga.

 

LUIS CARLOS DOS SANTOS (“MANIM DA BOA NOVA” ou “MANIM”), MARIA ADÁLIA DOS SANTOS SILVA (“ADÁLIA”) e ALDENICIO DOMINGOS DE SOUSA (“CHIQUITITA”) – todos (as) integrantes do grupo de Inhuma – forneciam a droga revendida por FRANCISCA DEUSIMAR DE ARAUJO (“DEUSA”) em Valença. “DEUSA”, a título de antecedente, foi alvo da Operação “Abre Alas”, deflagrada em 07 de fevereiro de 2013 com foco em Valença e tendo por objetivo principal combater o tráfico de drogas.

 

FABRÍCIO FERREIRA DA SILVA, também de Inhuma, repassava entorpecente a NIVALDO DA SILVA SOUSA e KATIANNE BRAS DE ASSIS (“KÁTIA”), os quais são responsáveis pela venda direta a usuário (as) em Valença.

 

 

Polícia Civil